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"SAÚDE NÃO PODE ESPERAR POR ELEIÇÕES"

8 de Novembro de 2023

Ordem dos Médicos quer problemas do setor resolvidos. Carlos Cortes considera que crise política vem acrescentar "um fator de maior instabilidade" ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.

RESPONDA AO INQUÉRITO SOBRE CODIFICAÇÃO

10 de Novembro de 2023

A codificação clínica é considerada um ato médico desde 2019. Com este importante inquérito pretende-se conhecer o que os médicos, com ou sem formação na área de codificação clínica, pensam ou esperam desta atividade.

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ALERTAS

6 de Dezembro de 2023

Utentes sem médico de família aumentaram em mais de 77 mil em três meses. Cerca de 16% da população residente em Portugal não tem médico de família. (Diário de Notícias/Lusa)

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O Bastonário da Ordem dos Médicos diz que há hospitais com equipas de urgência a funcionar abaixo dos “mínimos” “Há hospitais que estão a esconder que não têm capacidade de resposta, que estão a mentir à população”, diz Carlos Cortes. SNS deve divulgar na próxima semana mapas com o funcionamento das urgências. O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) diz que há hospitais que estão a funcionar com equipas nos serviços de urgência que não cumprem os rácios mínimos de profissionais, “desrespeitando as regras definidas” e “pondo em causa a segurança de doentes e das equipas”. (Público)

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Profissão: Cuidador. Há 200 mil em Portugal, com muitos deveres e poucos direitos. Apesar do estatuto já vigorar, os milhares de cuidadores informais que existem no país têm muito pouco suporte social e financeiro. Há cerca de 200 mil pessoas em Portugal que quase abdicam da vida em prol de quem lhes é próximo. (Diário de Notícias)

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O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) advertiu que um SNS fraco vai agravar as injustiças, defendendo ser necessária uma “postura de responsabilidade e de compromisso” para assegurar o direito de acesso à saúde. Comentando a crise que está a afetar o Serviço Nacional de Saúde, a presidente do CNECV, Maria do Céu Patrão Neves, afirmou que ter “um Serviço Nacional de Saúde forte é a única via para garantir o direito à saúde”. (Lusa)

"FALTA DE VONTADE POLÍTICA." REUNIÃO ENTRE GOVERNO E SINDICATOS
DOS MÉDICOS TERMINA SEM ACORDO

6 de Novembro de 2023

No final da reunião, a Federação Nacional dos Médicos criticou as propostas apresentadas pelo Governo. A nova reunião entre o Governo e os sindicatos dos médicos, que decorreu durante a tarde deste sábado, terminou sem acordo. À saída do encontro, Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), revelou aos jornalistas que ainda não há fumo branco por "falta de vontade política" do Executivo e do Ministério da Saúde. "Tivemos oportunidade de consultar o novo regime de trabalho da dedicação plena, bem como a questão das unidades de saúde familiares e os documentos que nos apresentaram são piores do que aquilo que imaginávamos. Mantém-se na dedicação plena a questão de os médicos serem obrigados a fazer um limite de trabalho extraordinário para 250, aumentar a sua jornada diária de trabalho para nove horas, o fim do descanso compensatório depois de o médico fazer uma noite e os médicos que não fazem urgência serem obrigados a trabalhar ao sábado. Nas unidades de saúde familiar, os médicos são obrigados a ter mais utentes do que aqueles que estariam previstos e também para os médicos de saúde pública há aqui umas questões relativamente ao suplemento de disponibilidade permanente que também não nos ficou muito clara", contou Joana Bordalo e Sá. A sindicalista afirmou que, durante a reunião, foi discutida a nova proposta do Governo que era "praticamente igual à anterior", onde também não havia nenhuma evolução no que toca à grelha salarial". O próximo passo será uma nova reunião, já agendada pelo Ministério da Saúde para dia 8 de novembro às 10h30. "Sendo que ficou de nos enviar uma nova proposta por escrito. Vamos ver se efetivamente esta proposta reflete aquilo que se discutiu aqui ou não", acrescentou a presidente da FNAM. (TSF)

Outubro de 2023

"Caros colegas,


Como acredito que possa ser do vosso interesse, compartilho o meu novo artigo, publicado na Revista História, Ciências, Saúde - Manguinhos, sobre a formação profissional de Maria Palmira Tito de Morais.


Seguem as versões em inglês e português.

Abraços

Ricardo Batista"

Ingles

Portugues

COMO A PANDEMIA INFLUENCIOU A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA EUROPEUS E AMERICANOS

2 de Novembro de 2023 

Livro internacional com autores portugueses.

Mais detalhes aqui

2 de Novembro de 2023

Caras e caros colegas,

A Ordem dos Médicos teve conhecimento da existência de hospitais a funcionarem com equipas médicas, nos Serviços de Urgência, que não cumprem os números mínimos de especialistas previstos nas recomendações do Regulamento da Constituição das Equipas Médicas nos Serviços de Urgência da Ordem dos Médicos, Regulamento n.º 1029-A/2022, publicado em Diário da República a 24 outubro 2022, atualmente em vigor. Alguns hospitais estão claramente a desrespeitar as regras definidas e a fomentar interpretações erradas que as pretendem desvirtuar. Noutros casos, os médicos estão a ser desviados de atividades essenciais ou solicitados para dar resposta ao Serviço de Urgência externa quando não estão escalados para tal. Trata-se de situações inadmissíveis e reprováveis.

Tais procedimentos configuram uma violação das regras técnicas da Ordem dos Médicos, dos seus Colégios e dos padrões mínimos de constituição das equipas médicas de urgência externa, pondo em causa a qualidade dos cuidados de saúde prestados e a segurança dos doentes, dos médicos e das equipas de urgência.

Estes critérios são uma referência técnico-científica e deontológica para todos os médicos, assim como para os responsáveis dos hospitais, e uma garantia de segurança para os doentes e para os médicos.

Assim, solicitamos a todos os médicos, sempre que detetem situações irregulares que infrinjam o Regulamento da Constituição das Equipas Médicas nos Serviços de Urgência, colocando em causa a qualidade dos cuidados de saúde prestados, as reportem de imediato à Ordem dos Médicos (ordemdosmedicos@ordemdosmedicos.pt) e informem as chefias hierárquicas (utilizando os formulários tipo “declaração de responsabilidade”).

Essa informação é essencial para a Ordem dos Médicos poder cumprir com o seu papel de defesa da qualidade dos cuidados de saúde, dos doentes e do exercício da medicina. 

O dever da Ordem dos Médicos de regulação do exercício da atividade médica e da defesa da saúde dos cidadãos e dos direitos do doente torna "imperiosa a definição dos padrões mínimos que devem presidir à constituição das equipas médicas dos serviços de urgência, por forma a garantir a qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados aos doentes. O direito à saúde, manifestação do princípio da dignidade humana, é um dos pilares do Estado de Direito estando consagrado no artigo 64.º da Constituição da República Portuguesa. A concretização deste direito implica uma responsabilidade conjunta de todos - cidadãos, sociedade, médicos e Estado.” Regulamento n.º 1029-A/2022.


Meus melhores cumprimentos,

Carlos Cortes

Copyright © 2023 Ordem dos Médicos - Conselho Nacional, Todos os direitos reservados.

30 de Outubro de 2023

Metade dos utentes concorda com o protesto. Um quinto responsabiliza os sindicatos pela atual crise e 12% culpam os médicos. Quase 30% ligam para o SNS24 em caso de doença súbita, mas muitos ainda vão diretos à Urgência. Depois de mais de 16 meses de negociações sem acordo entre médicos e Ministério da Saúde, com várias greves pelo meio e um protesto às horas extra que está a fechar vários Serviços de Urgência, os portugueses culpam o Governo pelo arrastar do conflito e tendem a concordar com os protestos dos médicos. Más notícias para o ministro Manuel Pizarro que amanhã terá mais uma oportunidade para se entender com a classe, de forma a evitar o "novembro dramático" prognosticado pelo diretor-executivo do SNS. Um total de 61% dos inquiridos na sondagem sobre a Saúde e a crise dos médicos, consideram que o Executivo de António Costa é o maior responsável pelo arrastar do conflito. Outros 20% culpam os sindicatos e 12% responsabilizam os médicos. São as mulheres, os jovens adultos (18-34), as classes mais favorecidas e os utentes que nas últimas legislativas votaram nos partidos da Direita que mais responsabilizam o Governo pela interminável contenda. Por outro lado, há mais homens e mais idosos (maiores de 65 anos) a culpar os sindicatos pelo conflito. Os inquiridos com maiores dificuldades socioeconómicas são os que mais apontam o dedo aos médicos. Com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) num turbilhão, os portugueses dão a mão aos sindicatos e aos médicos. Metade dos utentes concorda, ou concorda totalmente, com o prolongamento dos protestos daqueles profissionais até que haja um acordo com o Governo. Do outro lado, 31% discordam, ou discordam totalmente, e 18% não concordam, nem discordam. A maior parte dos portugueses mostra que já sabe o que fazer, embora um quarto ainda prefira a deslocação direta ao hospital. Inquiridos sobre qual seria a primeira escolha perante um problema de saúde imediato, 29% responderam que usariam a linha SNS24, 26% optariam por dirigir-se à Urgência de um hospital público e 22% pela Urgência de um hospital privado. Como quarta opção surge o centro de saúde (solução para apenas 19% dos portugueses) e no final o consultório privado (4%). Olhando à residência dos inquiridos, notam-se comportamentos diferentes. Os utentes da Área Metropolitana do Porto, da Região Centro e do Sul de Portugal e ilhas são os que mais escolhem a linha SNS24 como primeira opção em caso de doença súbita. Para os habitantes da Região Norte e da Área Metropolitana de Lisboa, a linha é uma segunda opção. No Norte, os utentes escolhem ir a uma Urgência do hospital público em primeiro lugar e em Lisboa a primeira opção é a Urgência privada. Refira-se ainda que os cidadãos do Centro foram os que mais escolheram a opção centro de saúde (em segundo lugar após o SNS24). O nível socioeconómico dos inquiridos também influencia as opções. Os mais desfavorecidos colocam a Urgência do hospital público em primeiro lugar, seguido do centro de saúde e só a seguir o SNS24. Entre os mais favorecidos, a linha está no topo das escolhas, seguida da Urgência privada, da Urgência pública e só depois do centro de saúde. No que respeita a género, há mais homens do que mulheres a ligar primeiro para o SNS24. Dos 805 inquiridos, 43% recorreram, nos últimos três meses, a nível pessoal ou com um familiar às Urgências do SNS. Dos que usaram estes serviços, 33% registaram um grau de satisfação pequeno (15%) ou muito pequeno (18%) com os cuidados médicos prestados. Para 35% foi médio e para 31% muito grande ou grande. Quanto à satisfação com o atendimento global na Urgência, para 34% foi pequeno ou muito pequeno, para 33% foi médio e para 32% grande ou muito grande. Pode consultar os dados da sondagem aqui. (Diário de Notícias)

CARTA AO DIRECTOR

22 de Outubro de 2023

Caro Director de "O Publico"

Enviei ante-ontem, 18.10, uma carta com pedido de publicação sobre a guerra Israelo-Palestinina, que foi inicialmente objecto de boqueio, mas que eu pensei ter seguido após re-encaminhamento. Verifico a sua não pblicação nos exemplares de ontem e de hoje, e sabendo da abertura do vosso conceituado diário, só posso atribuir a um problema técnico a não publicação duma opinião expressa em termos partidários  mas decentes sobre o assunto em causa. 

Faço o envio de novo, na expectativa de ver a minha opinião veiculada pelo "Publico"

Melhores cumprimentos

Luis Bernardino

Pediatra


"O ACTUAL CONFLITO NA PALESTINA EXORCIZA OS DEMÓNIOS COLONIAIS

A retaliação bíblica de “olho por olho, dente por dente” tem redundado nos últimos decénios de confrontação entre Israelitas e Palestinianos na prática, por parte de Israel , da variante  de dez ( ou cem ou mil?) olhos palestinianos por um olho israelita. Os números na fronteira do Líbano em 2006 (com destruições  no terreno que levariam anos a repor), em Gaza em 2014 e em 2021 (com igual destruição),  assim como o que se passa no dia a dia na Cisjordânia (onde os fanáticos sionistas já deliberadamente inviabilizaram a criação de dois Estados em favor dum grande Israel) dão conta da morte de milhares de palestinianos (muitas crianças ) contra a perda  de israelitas cujo número se pode contar com os dedos da mão.  O facto que desta vez as mortes em Israel se cifram excepcionalmente em cerca de 1400 (desta vez, sim, o mais de milhar de mortos mereceu simpatia e motivou grandes gestos de repulsa relativamente aos  seus autores …)  não nos deixa infelizmente dúvidas de que a carnificina que punirá  os palestinianos não cessará antes da retaliação sobre várias  dezenas de milhar de vítimas. Tal é a dialéctica racista do colonialismo sionista, que hierarquiza o valor das mortes, consoante se trata dum “indígena” ou dum “colono”.

Este racismo, que   constituiu uma constante  do domínio colonial através da História, mantém-se infelizmente como um traço ideológico nas sociedades  Ocidentais, mesmo que encoberta a frio pelo politicamente correcto nas sociedades pós-coloniais. Mas em dramas como o presentemente vivido no Médio Oriente, veio ao de cima, não só nos  centros de poder da América e da Europa (para quem conta muito, também,  a geoestratégia), como nos meios  de informação que controlam a opinião pública desse países, o claro favoritismo, teórico e, hélas, prático que lhes merecem  os colonialismos, ainda que tardios, as análises eurocentristas de como se deve organizar (ou desorganizar?) o Mundo, a indiferença  racista  perante os direitos e o sofrimento de populações com que  não se identificam, aprovação da ampliada violência de guerra “civilizada” dos aliados do Ocidente e o silenciamento da  humilhação, sofrimento e morte de milhares de pessoas.

Do que tenho lido e visto nos meios de informação portugueses, não obstante as raras e corajosas excepções que me merecem o maior apreço, parece-me que a grande central internacional de imagens e informações que está montada para selectivamente mostrar o Mundo da forma maniqueísta que convém à Pax Americana, está condicionando fortemente as sensibilidades e opiniões  e , infelizmente, a trazer a de cima a a matriz colonial e racista ainda vigente.

 

Luis Bernardino

Luanda"

18.10.2023

21 de Outubro de 2023

Leia aqui

NEO-LIBERALISMO E SAÚDE

25 de Outubro de 2023

COMUNICADO

 

 A Associação de Médicos pelo Direito à Saúde (AMPDS) vem manifestar o seu total repúdio, com indignação e pesar, pelo recente ataque, na passada terça feira, na cidade de Gaza, do Hospital Árabe al-Ahli.

Nós, profissionais de saúde, formados na defesa dos valores da democracia e com a convicção profunda do direito ao tratamento e à saúde, não podemos ficar indiferentes perante esta barbárie. Este ataque é uma afronta à humanidade e um desrespeito às vidas, que deveriam ser protegidas.

   

Hospitais devem ser Santuários, zonas seguras, e qualquer ataque a esses locais é inaceitável.  

Apelamos à comunidade internacional a se manifestar contra tais atos e a trabalhar incansavelmente pela Paz na região.

A vida humana tem que estar acima de qualquer conflito.

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Lisboa, 18 de outubro de 2023

 

Jaime Mendes

Presidente da AMPDS

AVEIRO: OM CONSIDERA SITUAÇÃO INACEITÁVEL

18 de Agosto de 2023

O Bastonário da Ordem dos Médicos visitou o Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, onde se inteirou da inaceitável definição de escalas médicas de urgência à revelia dos médicos.

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ORDEM DOS MÉDICOS REÚNE COM APAR

13 de Outubro de 2023

O Bastonário deslocou-se às Caldas da Rainha onde reuniu com a direção da APAR - Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso com quem conversou sobre a defesa do direito à saúde. 

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RECEÇÃO AOS MÉDICOS INTERNOS: FUTURO DA MEDICINA ESTÁ NAS VOSSAS MÃOS

13 de Outubro de 2023

A Sub-Região de Setúbal da Ordem dos Médicos realizou no dia 9 de outubro, a cerimónia de boas-vindas aos médicos internos, encontro que contou com a presença do Bastonário Carlos Cortes e da Presidente da Sub-Região, Sara Paulino. O programa incluiu uma breve abordagem à estrutura, organização e funcionamento da Ordem dos Médicos, apresentada pela anfitriã, Sara Paulino, que enquadrou aos médicos recém chegados os recursos disponíveis que podem passar a utilizar. Antes do jantar de convívio, em que alguns dos médicos internos aproveitaram para trocar ideias com o dirigente máximo da Ordem dos Médicos, houve espaço para uma sentida intervenção de Carlos Cortes. As suas palavras foram de defesa da qualidade da formação, valorização do papel dos médicos e de garantia de que os jovens colegas podem contar com a sua Ordem e com o seu Bastonário para pugnar em todas as circunstâncias por melhores condições para uma prática clínica de excelência, em prol da saúde dos portugueses. Foram também palavras de alento, esperança e certeza de que cada um destes médicos internos faz parte da construção de um futuro em que a medicina portuguesa continuará a dignificar o país. Os médicos internos ficaram muito sensibilizados com a presença e com o discurso inspirador do Bastonário.

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ASSEMBLEIA DE REPRESENTANTES MUITO PREOCUPADA COM SNS

AR apoia Bastonário na defesa do SNS e de melhores condições

Numa semana em que o Bastonário se deslocou a vários hospitais para se inteirar das dificuldades sentidas no terreno, a Assembleia dos Representantes (AR) da Ordem dos Médicos manifestou profunda preocupação com a conjuntura atual do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Num encontro que juntou cerca de uma centena de médicos de todo o país, a Assembleia de Representantes manifestou total apoio à posição defendida pelo Bastonário e pelo Conselho Nacional da Ordem dos Médicos em relação às medidas para defender o SNS e melhorar as condições da prática clínica. “É necessária uma ação urgente e consequente do Governo para fazer face às dificuldades que afetam o SNS. (...) É preciso repensar o SNS, na planificação dos seus recursos, no seu modelo de organização”, alertou Carlos Cortes. “A defesa de cuidados médicos de qualidade é um dever estatutário e deontológico da Ordem dos Médicos”, frisou o dirigente, garantindo que a Ordem “está empenhada em promover o diálogo e na defesa de todas as medidas de elementar justiça, de respeito e que dignifiquem o trabalho dos médicos. Hoje, os cuidados de saúde e a segurança dos doentes estão dependentes da intervenção do Governo para a melhoria do SNS. Esta situação, se nada for feito, tornar-se-á insustentável já no mês de novembro, comprometendo gravemente a capacidade de resposta de todo o SNS”. Essa certeza, Carlos Cortes validou-a na visita ao Hospital das Caldas da Rainha, onde reuniu com várias dezenas de médicos, exaustos mas que continuam a dar o seu melhor para não abandonar os doentes. O Bastonário já apelou em várias instâncias para que a reforma do SNS comece pela dotação dos serviços de saúde de quadros de recursos humanos adequados.

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CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA NORMALIZAÇÃO

14 de Outubro de 2023

Consulte aqui o programa do evento.

DIÁRIO FARMACEUTICO

2 de Outubro de 2023

O prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Katalin Karikó e a Drew Weissman por descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19, anunciou a academia. (Lusa/Health News)

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou que a gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem que ser “independente, isenta e não politizada”. “Chamo a atenção para o passo que se quer dar, agora prometido (...) para o início do próximo ano na gestão do Serviço Nacional de Saúde, uma peça determinante no sistema nacional de saúde, separando a definição política da gestão independente, isenta e não politizada, a não ser no sentido que política é tudo aquilo que respeita à vida humana, certamente não partidarizada”, afirmou o chefe de Estado. (Lusa)

A lei do tabaco foi aprovada na generalidade debaixo de muitas críticas. Os pneumologistas aplaudem as mudanças e até consideram que fica aquém do desejável. Vários países têm leis mais restritivas que Portugal. (Observador)

Quase 7% das famílias pobres com crianças têm dificuldades de acesso a cuidados médicos em Portugal. Eurofound mostra que 6,6% das famílias pobres com crianças não conseguem satisfazer necessidades médicas. Entre as crianças pobres, apenas 46% vão ao pré-escolar mais do que 30 horas por semana. Pode consultar o relatório aqui. (Público)

Os investigadores da Faculdade de Medicina do Porto concluem que água oxigenada elimina "superfungo" mortal. Estudo conclui que água oxigenada é um "método fiável para desinfeção de espaços onde tenham sido admitidos doentes infetados por candida auris", que é resistente a medicamentos antifúngicos. Pode consultar aqui o estudo. (Lusa/Observador)

EMA
Pode consultar aqui os destaques da reunião do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC, sigla em inglês) de 25 a 28 de setembro de 2023.

IDOSOS COM COMPLEMENTO SOLIDÁRIO TERÃO "DESCONTO IMEDIATO" DE 50%
EM MEDICAMENTOS

25 de Outubro de 2023

Os beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) têm um desconto imediato de 50% na compra dos medicamentos comparticipados, anunciou o Governo. “Com esta alteração, introduzida no âmbito do programa SIMPLEX, os beneficiários deste apoio ficam automaticamente dispensados do pagamento de 50% da parcela não comparticipada no preço dos medicamentos”, refere um comunicado conjunto das áreas governativas da Digitalização e Modernização Administrativa, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e da Saúde. Até agora este desconto era feito através de um pedido de reembolso. A partir de 25 de setembro, os utentes deixam de ter de apresentar a fatura de aquisição dos medicamentos no centro de saúde, de requerer os Benefícios Adicionais de Saúde (desconto de 50% na parcela do preço não comparticipada pelo Estado), e de aguardar pelo processamento e pagamento do reembolso, juntamente com a pensão e o CSI.

A medida entra em vigor em Portugal continental e resulta da aplicação de procedimentos eletrónicos que permitem que todas as pessoas abrangidas tenham acesso imediato e automático ao benefício. Além do apoio nos medicamentos, cuja atribuição passa a ser automática no ato da compra, os beneficiários do CSI continuam a ter direito ao reembolso das despesas que tenham com a aquisição de óculos e lentes (75% da despesa, até ao limite de 100 euros, de dois em dois anos) e com a aquisição de próteses dentárias removíveis (75% da despesa, até ao limite de 250e e, de três em três anos).  Estes beneficiários podem ainda aceder, de forma gratuita, às consultas de dentista/estomatologista, através do cheque-dentista, entre uma lista de profissionais de saúde oral disponível no centro de saúde. (Lusa/Health News)

NOTICIA

22 de Setembro de 2023

A maioria dos médicos em formação especializada está satisfeita com o internato médico, mas lamenta a ausência no horário laboral de tempo para o estudo autónomo e o pouco apoio financeiro para participação em atividades formativas, revela um inquérito. Poderá consultar aqui o relatório na íntegra. (Lusa/Observador)

NOTICIA

22 de Setembro de 2023

O bastonário dos médicos desafiou a tutela a criar um fundo de formação para financiar as ações formativas e os estágios que os internos têm de fazer e valorizar a especialidade de Medicina Interna nos hospitais. (Lusa/Observador)

VACINAS PARA ESTIRPES MAIS RECENTES

22 de Setembro de 2023

A Agência Europeia de Medicamentos recomendou a autorização de duas vacinas adaptadas às estirpes mais recentes, dos laboratórios Pfizer (Cominarty) e Moderna (Spikevax). Covid-19: elevada taxa de vacinação pode evitar entre 21% e 32% de hospitalizações O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estimou esta quinta-feira, 21 de setembro, que uma elevada taxa de adesão à vacina da covid-19 das pessoas com mais de 60 anos pode evitar entre 21% e 32% de hospitalizações. (Lusa/Público)

18 de Setembro de 2023

O bastonário dos médicos manifestou apreensão com a “pretensa reforma” que está ser introduzida no SNS, destacando a criação de Unidades Locais de Saúde. “Eu digo pretensa reforma porque um dos aspetos da reforma tem a ver com a criação das Unidades Locais de Saúde [ULS] e eu tenho as maiores reservas sobre as mudanças que estão a ser implementadas”, porque a experiência em Portugal demonstra que não ajudaram a resolver os problemas, disse Carlos Cortes. O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse que visitou a ULS do Baixo Alentejo e o Hospital de Beja, que integra esta unidade, “Estão a perder profissionais e dentro de muito poucos anos se nada for feito, serviços basilares da atividade hospitalar vão desaparecer e vão ter que encerrar criando uma grande dificuldade para aquela área [Beja]”, alertou. “Falei agora de Beja, mas podia falar de Portalegre, de Santiago do Cacém, da Guarda, de Castelo Branco, de Bragança, que são as sedes de distrito onde estão outras ULS”, disse, observando que são os locais onde se sentem “as maiores dificuldades de resposta” às populações. Carlos Cortes citou relatos dos profissionais que afirmam que “as ULS não foram de todo uma mais-valia, não ajudaram em nada a resolver os problemas”, muitos deles relacionados com a interioridade. Perante esta situação, lamentou que as ideias iniciais que levaram à criação do SNS estejam “a evaporar-se passados 44 anos, em que o fator de coesão está a desaparecer”. “Há grandes assimetrias no país em termos de resposta à Saúde. Infelizmente não posso dizer que os doentes de algumas zonas do país, nomeadamente do interior ou até de grandes cidades como Lisboa, estejam a ter neste momento as mesmas condições que outros doentes no país”, lamentou. Além disso, observou, “há um esforço absolutamente brutal e incomportável das famílias para poderem ter um nível mínimo de cuidados de saúde (…) e, infelizmente, um total desrespeito pelo papel dos profissionais de saúde”. O bastonário recordou as palavras proferidas por António Arnaut, considerado o “pai” do SNS, que referia sempre que o maior valor do SNS são os seus profissionais. “Não podemos deixar de pensar numa outra vertente que é a responsabilidade que o país tem de acarinhar e de manter um serviço público que está em grandes dificuldades e numa altura em que as famílias atravessam dificuldades financeiras, sendo que Portugal é dos países no quadro da OCDE em que as famílias mais gastam com a sua saúde (cerca de 30%), o que acaba por ser limitador do acesso aos cuidados de saúde e aos medicamentos”, afirmou. (Lusa/Health News)

ORDEM ASSINALA O PAPEL DOS MÉDICOS NA CONSTRUÇÃO DO SNS

15 de Setembro de 2023

O Serviço Nacional de Saúde completa hoje 44 anos e a Ordem dos Médicos não poderia deixar de assinalar estas mais de quatro décadas de serviço público, assegurado, em primeira instância, por várias gerações de médicos. O Bastonário da Ordem dos Médicos tem manifestado a sua apreensão com as fragilidades que afetam o Serviço Nacional de Saúde, frisando a convicção de que o futuro passa pelo investimento contínuo num SNS moderno e que responda ao desafio de fazer com que os médicos continuem a acreditar nesse serviço público fundamental. O aniversário do SNS será assinalado, entre muitas outras iniciativas, com a cerimónia da rega da oliveira, momento de grande simbolismo a que Carlos Cortes está indelevelmente associado desde o primeiro momento. Mais do que recordar António Arnaut, este encontro mantém vivos os princípios por si defendidos para o serviço público de saúde. Uma matriz humanista, equidade no acesso a cuidados de saúde como um direito fundamental, em resumo: o SNS como um dos pilares do Estado Social e da democracia.

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UNIDADES DO SNS NECESSITAM DE REFORÇO DE RECURSOS HUMANOS

13 de Setembro de 3023

Sete unidades de saúde do SNS — que representam 16 hospitais e 23 centros de saúde — identificaram a necessidade de reforçar os seus recursos humanos com 593 clínicos, segundo respostas enviadas ao Parlamento na sequência de perguntas colocadas pelo PCP.  “A falta destes médicos significa milhares de consultas e cirurgias a que as pessoas não têm acesso”. (Público)

GOVERNO AVANÇA SEM O AVAL DOS MÉDICOS

13 de Setembro de 2023

O Governo avança sem o aval dos médicos e a FNAM lamenta que o Ministério da Saúde tenha decidido “unilateralmente” publicar a legislação sobre Unidades de Saúde Familiar e dedicação plena. As propostas da FNAM não foram incorporadas, por isso a luta intensifica-se com greve nacional a 17 e 18 de outubro. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou um novo prolongamento, até 22 de outubro, da greve dos médicos às horas extraordinárias, que terminaria em 22 de setembro. (Lusa/Health News/Observador)

Notícias: News

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE E COVID 19

6 de Setembro de 2023

A vacinação contra a gripe e a covid-19 arranca "com força" em 29 de Setembro, anunciou o director executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). (Lusa/Público) 

NOVOS CASOS DE CANCRO EM PESSOAS ABAIXO DOS 50 ANOS

6 de Setembro de 2023

Novos casos de cancro em pessoas abaixo dos 50 anos aumentaram 80%. Os Investigadores estimam que número global de incidência e de mortalidade associada a cancros nesta idade poderá aumentar 31% e 21%, respetivamente, até 2030. Consulte a publicação aqui. (Lusa/Público)

ESTUDO DA FM DA UP

6 de Setembro de 2023

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que contou com quase 15 mil participantes sugere o alargamento da vacinação contra HPV jovens do sexo masculino até aos 26 anos. Poderá consultar o estudo completo aqui. (Lusa/Observador)

ENFERMEIROS CRITICAM FALTA DE APOSTA NOS CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
NA NOVA LEI DAS USF

11 de Setembro de 2023

 O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) defendeu que a nova lei das Unidades de Saúde Familiar (USF) não aposta nos cuidados primários de saúde, criticando também a “discrepância gritante de valores” entre as classes profissionais. Estamos muito desiludidos [com a nova lei das USF]. Tanta aposta nos cuidados de saúde primários e depois, da montanha não sai nada, sai uma coisa ainda mais pequenina que um rato, uma formiga”, destacou o vice-presidente do Sindepor, Fernando Fernandes. Para Fernando Fernandes, continua “a existir uma discrepância gritante de valores, nomeadamente entre as classes profissionais”. O vice-presidente do Sindepor salientou também que o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmam “que os cuidados de saúde primários são a base do sistema, mas, na prática, praticamente 70% do orçamento vai para os hospitais”. Portanto temos uma base muito débil que depois não aguenta a pirâmide, porque ela está invertida”, alertou, destacando que desta forma “os problemas das urgências continuarem sobrelotadas a dos serviços hospitalares estarem sobrecarregados vão continuar a existir”. Fernando Fernandes explicou que da proposta entregue pela tutela há uns dias, o sindicato enviou “alterações e sugestões para melhoria do diploma”, mas apontou que “pouco ou nada adiantou”. Entre as propostas, o sindicalista apontou que é necessário um maior financiamento para os cuidados de saúde primário profissionais, bem como incentivos para atrair profissionais para aquela área, nomeadamente para regiões do interior. E que sejam incentivos justos e equitativos para cada uma das classes, não é uns ficarem com sete partes da pizza e os restantes ficarem com 1/8″, continuou o sindicalista. Fernando Fernandes destacou ainda que o projeto das USF já foi implementado em vários países europeus, como Inglaterra e norte de Espanha, vincando que estes países “acabaram por o colocar de parte, porque não resultou”. Nós continuamos a insistir naquilo que outros países já detetaram como tendo sido errado e não funcionou. É não aprender com os erros dos outros”, sublinhou. (Lusa/Observador)

"É UM LUTO": SETE OBSTETRAS SAEM DO HOSPITAL DE SANTA MARIA

6 de Setembro de 2023

A Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vai perder sete especialistas, a maioria com funções de gestão de valências importantes. No caso, saem as obstetras responsáveis pelos internamentos de grávidas e de puérperas e pelas consultas externas de obstetrícia. Entre as rescisões está ainda a exonerada diretora da obstetrícia Luísa Pinto, afastada do cargo no final de junho, quando o então diretor do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução, Diogo Ayres de Campos, foi demitido por críticas ao projeto para a nova maternidade.
Cinco dos pedidos de rescisão foram entregues desde o final de julho e dois, incluindo o de Luísa Pinto, têm data desta terça-feira. As médicas poderão concretizar a saída no prazo de 60 dias, pois foi-lhes recusada qualquer antecipação, recorrendo a férias, pela administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que agrega o Hospital de Santa Maria. As saídas das obstetras agravam a falta de especialistas, que já era crítica no hospital.
Ao Expresso, as rescisões foram justificadas com a degradação das condições assistenciais - em especial desde agosto, com a junção das urgências obstétrica e ginecológica e a transferência de consultas para o Hospital de São Francisco Xavier, por força do encerramento dos serviços no Santa Maria para remodelação e construção de uma nova maternidade - e pelo que é considerado “falta de respeito da administração” do CHULN em todo o processo.
“É UM LUTO”

A rescisão de Luísa Pinto é a mais emblemática. A obstetra está no hospital há mais de 30 anos e após ter sido afastada da gestão da obstetrícia chegou a ser convidada para reassumir funções, que não aceitou por incompatibilidade profissional com o diretor interino da obstetrícia desde então e diretor da ginecologia, Alexandre Valentim Lourenço. “Saio do Santa Maria. Do Serviço Nacional de Saúde ainda não sei. Estes processos não são fáceis. É um luto”, desabafa a obstetra.
“Veio um conselho de administração que teoricamente valorizava muito as pessoas e que por uma divergência de opiniões me demitiu e ao diretor do departamento. Continuei o meu trabalho, mas perante um diretor interino sem respeito pelas pessoas, e com quem não me identifico, os médicos foram saindo - e a equipa a desmoronar-se. Estava pelo trabalho no SNS, que posso manter noutro hospital, pela equipa, que foi saindo...restam as grávidas, que lamento que, mais frágeis e sem recursos económicos, não possam continuar a ser tratadas por pessoas com grande diferenciação técnica”, diz a especialista. E deixa um aviso: “É uma tristeza, mas vai haver mais saídas.”
O diagnóstico feito por Luísa Pinto tornou-se definitivo na semana passada, por um pormenor que fez a diferença que lhe faltava. “Regressei de férias na semana passada. Na segunda-feira fui fazer consulta ao São Francisco Xavier e na terça aqui, no Santa Maria. Quando vinha a entrar no parque, o acesso tinha-me sido negado, sem qualquer aviso. Senti uma falta de respeito intolerável. Já tinha pedido licença sem vencimento, para continuar o doutoramento, ou mobilidade, e nada foi aceite.” E desabafa: “Parece que estava numa relação abusiva, como vemos aqui no hospital em alguns casais. Fiquei porque gosto muito, mas já não é possível.”
EQUIPAS APENAS COM DOIS ESPECIALISTAS

Sobre as urgências conjuntas no São Francisco Xavier, fará a sua estreia na próxima semana, quando estará na escala de banco. Vai receosa. “Fui muitíssimo bem recebida no São Francisco Xavier. Os colegas falam em dias muito difíceis. Uma das obstetras que rescindiu teve uma noite com 11 partos. E as equipas não cumprem as dotações mínimas de segurança. Há dias com dois especialistas (deviam ser quatro ou cinco). Num dos bancos encontrei uma chefe de equipa que não tinha cinco anos de especialização, outra não tinha três e a terceira não tinha dois. Trabalhar nestas condições gera muita ansiedade e há quem não queira sujeitar-se a isso.”

https://expresso.pt/facebook/2023-09-05-E-um-luto-sete-obstetras-saem-do-Hospital-de-Santa-Maria-80e96fe1

ESTUDO MEDSCAPE SOBRE REMUNERAÇÃO E SATISFAÇÃO
DOS MÈDICOS PORTUGUESES

Relativo a 2022

Inquérito on-line entre Janeiro e Maio 2023


Responderam 55% mulheres e 46% homens

74% de Lisboa, Coimbra e Braga

70% trabalham nos hospitais, 21% em Centros de Saúde


Média de horas trabalho/semana

- 47 antes do COVID

- 48 depois do COVID


Doentes:

- 54/semana nos hospitais média

- 83 nos consultórios


82% dos médicos estão insatisfeitos

2/3 tem atividades adicionais para completar rendimento

Aumento de salário desejado: entre 26 e 50%

Média do custo da casa nos custos mensais: 59%

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

29 de Agosto de 2023 

Um estudo da Universidade de Chicago aponta as partículas finas emitidas por veículos a motor, pela indústria e pelos incêndios como "a maior ameaça externa à saúde pública" a nível mundial. Publicado esta terça-feira, um novo estudo indica que a poluição atmosférica representa um risco maior para a saúde global do que o tabagismo ou o consumo de álcool, perigo exacerbado em regiões como Ásia e África. De acordo com este relatório do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC) sobre a qualidade do ar a nível mundial, a poluição por partículas finas, emitidas pelos veículos a motor, pela indústria e pelos incêndios, representa “a maior ameaça externa à saúde pública” a nível mundial. Mas, apesar disso, os fundos para a luta contra a poluição atmosférica representam apenas uma fração ínfima dos fundos consagrados às doenças infeciosas, por exemplo, sublinhou o relatório. A poluição por partículas finas aumenta o risco de doenças pulmonares e cardíacas, de acidentes vasculares cerebrais e de cancro. O EPIC estimou que, se o limiar da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a exposição a partículas finas fosse respeitado em todas as circunstâncias, a esperança de vida global aumentaria 2,3 anos, com base nos dados recolhidos em 2021. “Existe uma profunda discrepância entre os locais onde o ar é mais poluído e aqueles onde são mobilizados mais recursos coletivos e globais para resolver este problema”, explicou Hasenkopf. Embora existam mecanismos internacionais de luta contra o VIH, a malária e a tuberculose, não há equivalente para a poluição atmosférica. Na Europa, a melhoria da qualidade do ar ao longo das últimas décadas seguiu a mesma tendência que nos EUA, mas continuam a existir grandes disparidades entre o leste e o oeste do continente. Todos estes esforços estão ameaçados, entre outros fatores, pelo aumento do número de incêndios florestais em todo o mundo, causado pelo aumento das temperaturas e por secas mais frequentes, associadas às alterações climáticas, provocando picos de poluição atmosférica. (Observador)

24 de Agosto de 2023

28 de Agosto de 2023

​​Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou, sem especificar razões, para o "aumento de hospitalizações, internamentos nas unidades de cuidados intensivos e mortes em alguns países". A Organização Mundial da Saúde (OMS) instou esta sexta-feira os países a manterem a vigilância da covid-19 face à ameaça das novas estirpes EG.5 e BA.2.86 do coronavírus SARS-CoV-2, derivadas da variante Ómicron. Na habitual conferência de imprensa na sede da organização, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou aos países para que continuem a informar sobre o estado epidemiológico da covid-19 para que a OMS possa “aconselhá-los sobre o risco das novas variantes EG.5 [já classificada de interesse] e BA.2.86 [classificada como sob monitorização]”. Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou, sem especificar razões, para o “aumento de hospitalizações, internamentos nas unidades de cuidados intensivos e mortes em alguns países”. A líder técnica de resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, salientou a importância de se manter a vigilância, “não só para rastrear variantes mas também para saber se as pessoas estão ou não infetadas“. “Os governos devem continuar vigilantes face à covid-19 porque a ameaça não desapareceu”, frisou a epidemiologista, alertando para o “aumento de hospitalizações em julho nas regiões temperadas do hemisfério norte“, onde é verão. A covid-19 é uma doença respiratória pandémica causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras. Em julho, a OMS advertiu que a estirpe EG.5, comunicada pela primeira vez em fevereiro e já identificada em vários países, como Portugal, poderia provocar “um aumento na incidência” de infeções e “tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo“. A OMS justificou o alerta com o facto de esta linhagem, resultante da sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 da variante Ómicron, apresentar “características que escapam aos anticorpos” e estar em “vantagem de crescimento“. Contudo, a OMS ressalvou que o risco para a saúde global que a variante representava era baixo. A variante BA.2.86, que tem múltiplas mutações genéticas na proteína do vírus que se liga às células humanas, foi identificada pela primeira vez em julho, havendo casos registados, sobretudo, em Israel, Reino Unido e Estados Unidos. (Observador)

SETEMBRO - CONSTRAGIMENTOS NO SNS

21 de Agosto de 2023

Os Médicos alertam para fortes constrangimentos no SNS a partir de setembro. A Associação Nacional dos Médicos de Saúde (ANMSP) alerta para a possibilidade de fortes constrangimentos nos serviços públicos de saúde já a partir de setembro, caso o Governo não responda às reivindicações dos clínicos. (Rádio Renascença) 

21 de Agosto de 2023

ORDEM REJEITA MEDIDAS GERADORAS DE DESIGUALDADE E DISCRIMINAÇÃO

11 de Agosto de 2023

A Ordem dos Médicos manifestou a sua oposição às medidas propostas pelo gabinete de Manuel Pizarro para recrutar médicos não-especialistas para os Centros de Saúde. “Ao invés de apostar seriamente nos médicos já existentes em Portugal, o Ministério da Saúde está a recrutar médicos no estrangeiro em condições de flagrante e injustificado favorecimento, prejudicando a qualidade dos cuidados de saúde primários”, lamentou o Bastonário perante os “privilégios inéditos" como a atribuição de um vencimento de especialista a médicos não especialistas ou a atribuição de habitação, por exemplo. Carlos Cortes considera que “o foco do Ministério da Saúde deveria ser a criação de condições de trabalho adequadas para atrair mais médicos e não a criação de situações de desigualdade que afastam os médicos do SNS, enfraquecendo a sua capacidade de resposta diferenciada”.

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ORDEM DOS MÉDICOS DIZ DESCONHECER NOVA PROPOSTA SOBRE SERVIÇOS
DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

18 de Agosto de 2023

A Ordem dos Médicos afirmou que não teve conhecimento de uma nova proposta de criação de uma rede de referenciação hospitalar em Obstetrícia, Ginecologia e Neonatologia e pede para aceder ao documento "com a máxima urgência". Em comunicado, a Ordem dos Médicos considera "um erro grave" a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estar a "trabalhar sem envolver institucionalmente as organizações do setor" e que isso revela "uma notória dificuldade em estabelecer um diálogo profícuo". O grupo de trabalho coordenado pelo médico Diogo Ayres de Campos para criar aquela rede entregou em julho uma segunda proposta, mas que a direção executiva do SNS já decidiu que terá de ser novamente revista. A segunda proposta vai ser revista para envolver "as várias instituições do SNS, porque o documento foi alvo de "um conjunto alargado de críticas". Em comunicado, a Ordem dos Médicos pede à direção executiva do SNS para ter acesso ao documento e que seja "formalmente chamada a pronunciar-se", por ser "uma matéria de grande relevância para a população e para os cuidados de saúde em Portugal". A primeira proposta de criação de uma rede e referenciação hospitalar em Obstetrícia, Ginecologia e Neonatologia foi entregue ao Governo no final de setembro de 2022 e esteve em consulta pública em fevereiro deste ano. Quando foi ouvido em janeiro na Comissão Parlamentar de Saúde, o coordenador da Comissão de Acompanhamento de Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos, Diogo Ayres de Campos, disse que o relatório elaborado pelos peritos e entregue à tutela era "um documento técnico" para a criação da rede de referenciação hospitalar nesta área, que ainda seguiria para discussão pública. (Lusa)

GREVE DOS MÉDICOS

29 de Julho de 2023

A adesão à greve dos médicos do setor público ronda os 90% nos hospitais e nos cuidados de saúde primários, segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que convocou a paralisação e a adesão à greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que começou no dia 24 de Julho ronda os 90%, estimou o presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), Henrique Reguengo. (Lusa/Health News)

ORDEM DOS MÉDICOS DÁ PARECER NEGATIVO À CRIAÇÃO DE TRÊS NOVOS CURSOS

10 de Julho de 2023

A aplicação rigorosa de critérios definidos em consonância com o que está determinado a nível nacional e internacional para garantia da qualidade do ensino médico, resultou na emissão de três pareceres negativos pela Ordem dos Médicos, através do seu Conselho Nacional do Ensino e Educação Médica (CNEEM) às candidaturas para constituição de cursos de medicina das Universidades Lusófona, Aveiro e Trás-Os-Montes e Alto Douro. A Ordem dos Médicos tem o dever de pugnar pelas melhores condições do exercício da atividade médica, devendo, para isso, defender a qualidade do ensino pré e pós-graduado. Para garantir o rigor técnico destas análises, dada a sua relevância para o futuro da medicina praticada em Portugal, no início do atual mandato, foi elaborado um guião com os critérios necessários para a criação e funcionamento de uma escola médica, baseado nos standards de qualidade mais recentes. Esses critérios - que incluem, por exemplo, a necessidade de avaliar a infraestrutura, equipamentos e recursos materiais, os recursos financeiros adequados à capacidade formativa, ou as metodologias de ensino e avaliação - podem ser consultados no site da instituição e servem de base à análise de qualquer candidatura apresentada para apreciação da Ordem dos Médicos. Os três pareceres negativos, devidamente fundamentados, foram enviados à A3ES e estão igualmente disponíveis no site da Ordem dos Médicos.

COMPETÊNCIAS DOS MUNICIPIOS NA ÁREA DA SAÚDE

29 de Junho de 2023

Cerca de 64% dos municípios exercem competências na área da Saúde, disse Secretário de Estado. 129 municípios do continente assinaram protocolos com o Ministério da Saúde e estão a exercer competências nesta área, o que nalguns casos, implica obras profundas nos centros de saúde. (Lusa)

NOVA VERSÃO DA LEI DA DROGA

17 de Julho de 2023

A nova versão da lei da droga admite posse para mais de dez dias se provado que é autoconsumo. (Público)

COMBATE À DESINFORMAÇÃO SOBRE VACINAS

19 de Julho de 2023

Os cientistas querem contribuir para o combate à desinformação sobre vacinas. Um projeto da Universidade de Coimbra inclui ferramenta online gratuita para permitir refutar a argumentação anti-vacinas. Foram encontrados 11 tipos de formação de atitudes de oposição à vacinação. (Lusa)

PARA ALÉM DA CAFEÍNA: EFEITO ESTIMULANTE DO CAFÉ ASSOCIADO A OUTROS MECANISMOS

17 de Julho de 2023

A expansão do estado de alerta proporcionada pelo café costuma ser atribuída à cafeína, entretanto, uma nova pesquisa sugere o envolvimento de outros mecanismos nesse efeito.

“Existe um senso comum de que o café aumenta o estado de alerta e o desempenho psicomotor. Ao aprofundarmos a compreensão dos mecanismos por trás deste fenômeno biológico, abrimos caminho para o estudo dos fatores que podem influenciar esse efeito, e até mesmo para a avaliação de possíveis vantagens associadas a esses mecanismos”, disse em uma declaração o médico e pesquisador responsável pelo estudo, Dr. Nuno Sousa, Ph.D., afiliado à Universidade do Minho em Portugal.

O estudo foi publicado on-line em 28 de junho no periódico Frontiers in Behavioral Neuroscience.

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PRIMEIRA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL QUE PODE SER COMPRADA SEM RECEITA MÉDICA NO PAÍS

17 de Julho de 2023

A agência federal norte-americana para a saúde (FDA, sigla em inglês) informou que aprovou a primeira pílula anticoncepcional que pode ser comprada sem receita médica no país. A aprovação permitirá o acesso a este método anticoncecional a milhões de mulheres nos Estados Unidos, que enfatizou que esta pílula é “segura” e “mais eficaz” do que muitos dos métodos de venda livre usados para prevenir uma gravidez indesejada. (NetFarma)

HÁ UM PROBLEMA SÉRIO NA SAÚDE

 15 de Junho de 2023

“Ou o estatuto da Direção Executiva do SNS é aprovado nas próximas semanas, ou então em setembro teremos a demissão de Fernando Araújo”, avisou Luis Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC. Com um post-it: “Há um problema sério na Saúde" e Convinha evitar mais uma crise no SNS”. Segundo o comentador, “Fernando Araújo está muito incomodado com o bloqueio na aprovação do Estatuto, a ponto de vários gestores hospitalares já terem percebido que ele pode chegar ao ponto de se demitir”. Por aprovar há cerca de oito meses, o diploma está “acantonado no impasse das negociações entre Finanças e Saúde”, situação que Marques Mendes classifica de "inaceitável. (Expresso)

17 de Junho de 2023

O plano que a DGS reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do SNS terem planos de contingência específicos - a nível local e regional – para a resposta sazonal em saúde, como nas ondas de calor, e tem como um dos eixos estratégicos a literacia da população. No âmbito da apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde – Referencial de Verão, André Peralta-Santos, reconheceu que as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS) a este nível “não mudam muito de ano para ano” e que “os parceiros estão conscientes das suas responsabilidades”. “Vamos sempre tentando que exista uma melhoria dos procedimentos, da forma como comunicamos, como protegemos a população”, disse o responsável, lembrando que “ algumas medidas de proteção da população são estruturais, e levam tempo”, como a melhoria das condições de climatização dos edifícios. O plano elenca ainda um conjunto de medidas a concretizar pelos parceiros do setor da saúde para acautelar a prontidão dos serviços de saúde e garantir a resposta ao aumento da procura ou a uma procura diferente da esperada, bem como, recomendações para capacitar os cidadãos para a sua proteção individual (literacia). “A DGS tem sempre bem ciente da importância de reforçar a importância a os cuidados a ter com o calor e este evento marca isso mesmo”, afirmou o responsável. Sublinhando que “as populações não são iguais”, André Peralta-Santos lembrou que, tradicionalmente, a população mais idosa e as pessoas que têm mais doenças, “são mais vulneráveis ao efeito do calor na saúde”. “Os serviços de saúde têm de se preparar para estes efeitos, nomeadamente quando há eventos extremos como ondas de calor, pois pode haver sempre um acréscimo da procura dos cuidados de saúde”, afirmou o responsável, insistindo: “As unidades já estão bem cientes daquilo que têm de fazer para se preparar”. “Temos preparado já algumas campanhas de reforço para a população, nomeadamente o reforço da hidratação, os cuidados a ter com o sol e os cuidados a ter na praia. No fundo, aquilo que queremos é que as pessoas desfrutem do seu verão e que seja um verão saudável e promotor da saúde”, disse ainda o subdiretor-geral da Saúde. O documento lembra que Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica, e que há dados que sugerem que existe “uma tendência para o aumento da temperatura média global em Portugal, assim como para o aumento do número de dias anuais com temperaturas elevadas”. Em Portugal, os investigadores estimam que terão morrido 2.212 pessoas. O relatório de Monitorização da Mortalidade de 2022, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e divulgado em março, aponta para mais de 6.100 óbitos em excesso em Portugal no ano passado, com o registo de quatro picos de excesso de mortalidade, coincidentes com duas ondas de covid-19 e períodos de temperaturas elevadas ou frio extremo. Poderá consultar aqui o documento. (Lusa)

14 de Julho de 2023

Durante o Fórum Médico que convocou para o dia 12 de julho, Carlos Cortes explicou às instituições parceiras todo o trabalho que tem sido realizado para minimizar as consequências negativas da Lei-Quadro das ordens profissionais que foi aprovada em 2022. Entre os vários pontos a que a Ordem se opôs, a tentativa de desregular a formação foi uma das situações complexas que, em tempo recorde, a instituição conseguiu negociar para que se eliminassem as ameaças à qualidade do ensino pós-graduado. “Para mim os parceiros privilegiados da nossa ação serão sempre as organizações médicas, aquelas que estão aqui reunidas neste Fórum”, com quem trabalhará sempre para a “salvaguarda do juramento hipocrático, de uma medicina moderna e da defesa das competências técnicas dos médicos”, garantiu Carlos Cortes. O dirigente manifestou total incompreensão perante a proposta de que o provedor dos doentes não possa ser um médico. “Temos que estar atentos a esses pontos mais importantes”, nomeadamente, “a formação médica que é reconhecida pela sua qualidade a nível internacional. (…) Uma matéria que vamos sempre acompanhar e na qual somos intransigentes”. No Fórum esteve representado o Conselho Nacional do Médico Interno, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a Associação Portuguesa dos Médicos da Carreira Hospitalar, a Federação Nacional dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos, a Associação dos Médicos Portugueses da Indústria Farmacêutica, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, e, como observadora, a Associação Nacional dos Estudantes de Medicina. As instituições representadas nesta plataforma de diálogo vincaram o apoio ao trabalho desenvolvido por Carlos Cortes na defesa do respeito pelos médicos e pelas funções técnicas da OM.

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ESR ALERTA PARA “IMPORTANTES ASSIMETRIAS” NA COBERTURA DE MÉDICOS DE FAMÍLIA

13 de Julho de 2023

A Entidade Reguladora da Saúde (ESR) alertou para as “assimetrias importantes” no acesso a médico de família, com Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo a apresentarem uma cobertura abaixo da média nacional de 85,6% em 2022.“A nível regional, realça-se a existência de assimetrias importantes no acesso a médico de família, apresentando as unidades da região de saúde do Norte os melhores resultados e as das regiões de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve os piores”, adianta uma informação da ERS sobre os cuidados de saúde primários. Os dados da entidade reguladora indicam que a percentagem de utentes inscritos com médico de família baixou dos 92,7% em 2019 para os 85,6% em 2022 a nível nacional, o mesmo acontecendo nas cinco regiões de Portugal continental. Abaixo da média nacional de 85,6% estão Lisboa e Vale do Tejo (73,2%), Algarve (80,2%) e Alentejo (83,9%), enquanto o Norte (97,3%) e o Centro (89,9%) são as regiões com a melhor cobertura de especialistas de medicina geral e familiar. No caso de Lisboa e Vale do Tejo, a percentagem de utentes sem médico de família aumentou de 14% em 2019 para 26% em 2022, mas no Norte esse indicador estabilizou nos 3% nos últimos anos. “Os ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde] onde existe uma maior percentagem de utentes com médico de família exibiram maiores taxas de utilização de consultas médicas, o que poderá significar que a disponibilidade de médico de família representa um relevante fator promotor do acesso efetivo a cuidados de saúde primários no Serviço Nacional de Saúde”, sublinha a ERS. A análise da entidade reguladora indica também que nas consultas médicas presenciais verificou-se um aumento em 2022 de 18,6%, em relação ao ano anterior. Em relação às consultas de enfermagem presenciais, após um crescimento de 65% em 2021, registou-se uma diminuição de 29,5% em 2022, com Lisboa e Vale do Tejo a exibir a maior quebra (38,5%). “Destaca-se que o número de consultas de enfermagem presenciais realizadas em 2022 foi mais baixo do que o valor observado no ano de 2019”, refere ainda o documento da ERS. Relativamente aos rastreios de doenças oncológicas, os três indicadores considerados pela ERS registaram aumentos em 2022, caso do número de mulheres com registo de rastreio de mamografia nos últimos dois anos (27%), número de mulheres com rastreio de colo de útero (15%) e do número de utentes inscritos com rastreio do cancro do cólon e reto efetuado (12%). No que se refere à retoma da atividade assistencial, a ERS constatou “não ter sido possível recuperar os níveis de 2019”, ano anterior à pandemia, nas consultas presenciais (médicas e de enfermagem), consultas médicas ao domicílio, vigilância do recém-nascido, mulheres com colpocitologia (exame ao colo do útero) atualizada e consultas por gripe. “Esta realidade não é comum a todas as regiões de saúde, tendo sido identificadas regiões de saúde que já recuperaram os níveis de atividade do ano de 2019 em alguns indicadores”, adianta ainda o documento. A ERS sublinha ainda que, na maioria dos indicadores analisados, o Norte apresenta um “melhor desempenho”, o que poderá estar ligado ao facto de ser nessa região onde existem mais Unidades de Saúde Familiar modelo B, que associa a remuneração dos profissionais de saúde ao seu desempenho. (Lusa/Health News

HOSPITAL DE PENICHE ESPERA AUTORIZAÇÃO PARA CONTRATAR PROFISSIONAIS E ABRIR INTERNAMENTO PSIQUIÁTRICO

11 de Julho de 3023

O Centro Hospitalar do Oeste aguarda autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças para contratar cerca de 30 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos e outros técnicos e assistentes. 

O Centro Hospitalar do Oeste concluiu há três meses as obras para criar internamento psiquiátrico no hospital de Peniche, mas continua sem conseguir abrir o serviço por falta de autorização para contratar 30 profissionais, disse esta terça-feira fonte hospitalar.

Fonte hospitalar afirmou à agência Lusa que o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) aguarda autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças para contratar cerca de 30 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos e outros técnicos e assistentes operacionais.

Segundo a mesma fonte, a contratação dos profissionais terá um custo de mais de meio milhão de euros por ano, não tendo a instituição essa verba em orçamento.

Questionado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde não prestou esclarecimentos até ao momento.

As obras de remodelação que vão permitir a criação do internamento psiquiátrico terminaram em março e, enquanto o serviço não começa a funcionar, os doentes da área de influência do CHO estão a ser reencaminhados para os hospitais de Lisboa.

​A intenção do CHO é abrir o internamento de Psiquiatria com 15 camas.

As obras orçadas em 690 mil euros foram financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e inserem-se no Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM).

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.

Fonte: Jornal Observador

ENFERMEIROS CRITICAM FALTA DE APOSTA NOS CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
NA NOVA LEI DAS USF

11 de Setembro de 2023

 O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) defendeu que a nova lei das Unidades de Saúde Familiar (USF) não aposta nos cuidados primários de saúde, criticando também a “discrepância gritante de valores” entre as classes profissionais. Estamos muito desiludidos [com a nova lei das USF]. Tanta aposta nos cuidados de saúde primários e depois, da montanha não sai nada, sai uma coisa ainda mais pequenina que um rato, uma formiga”, destacou o vice-presidente do Sindepor, Fernando Fernandes. Para Fernando Fernandes, continua “a existir uma discrepância gritante de valores, nomeadamente entre as classes profissionais”. O vice-presidente do Sindepor salientou também que o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmam “que os cuidados de saúde primários são a base do sistema, mas, na prática, praticamente 70% do orçamento vai para os hospitais”. Portanto temos uma base muito débil que depois não aguenta a pirâmide, porque ela está invertida”, alertou, destacando que desta forma “os problemas das urgências continuarem sobrelotadas a dos serviços hospitalares estarem sobrecarregados vão continuar a existir”. Fernando Fernandes explicou que da proposta entregue pela tutela há uns dias, o sindicato enviou “alterações e sugestões para melhoria do diploma”, mas apontou que “pouco ou nada adiantou”. Entre as propostas, o sindicalista apontou que é necessário um maior financiamento para os cuidados de saúde primário profissionais, bem como incentivos para atrair profissionais para aquela área, nomeadamente para regiões do interior. E que sejam incentivos justos e equitativos para cada uma das classes, não é uns ficarem com sete partes da pizza e os restantes ficarem com 1/8″, continuou o sindicalista. Fernando Fernandes destacou ainda que o projeto das USF já foi implementado em vários países europeus, como Inglaterra e norte de Espanha, vincando que estes países “acabaram por o colocar de parte, porque não resultou”. Nós continuamos a insistir naquilo que outros países já detetaram como tendo sido errado e não funcionou. É não aprender com os erros dos outros”, sublinhou. (Lusa/Observador)

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HÁ UM PROBLEMA SÉRIO NA SAÚDE

 15 de Junho de 2023

“Ou o estatuto da Direção Executiva do SNS é aprovado nas próximas semanas, ou então em setembro teremos a demissão de Fernando Araújo”, avisou Luis Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC. Com um post-it: “Há um problema sério na Saúde" e Convinha evitar mais uma crise no SNS”. Segundo o comentador, “Fernando Araújo está muito incomodado com o bloqueio na aprovação do Estatuto, a ponto de vários gestores hospitalares já terem percebido que ele pode chegar ao ponto de se demitir”. Por aprovar há cerca de oito meses, o diploma está “acantonado no impasse das negociações entre Finanças e Saúde”, situação que Marques Mendes classifica de "inaceitável. (Expresso)

17 de Junho de 2023

O plano que a DGS reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do SNS terem planos de contingência específicos - a nível local e regional – para a resposta sazonal em saúde, como nas ondas de calor, e tem como um dos eixos estratégicos a literacia da população. No âmbito da apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde – Referencial de Verão, André Peralta-Santos, reconheceu que as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS) a este nível “não mudam muito de ano para ano” e que “os parceiros estão conscientes das suas responsabilidades”. “Vamos sempre tentando que exista uma melhoria dos procedimentos, da forma como comunicamos, como protegemos a população”, disse o responsável, lembrando que “ algumas medidas de proteção da população são estruturais, e levam tempo”, como a melhoria das condições de climatização dos edifícios. O plano elenca ainda um conjunto de medidas a concretizar pelos parceiros do setor da saúde para acautelar a prontidão dos serviços de saúde e garantir a resposta ao aumento da procura ou a uma procura diferente da esperada, bem como, recomendações para capacitar os cidadãos para a sua proteção individual (literacia). “A DGS tem sempre bem ciente da importância de reforçar a importância a os cuidados a ter com o calor e este evento marca isso mesmo”, afirmou o responsável. Sublinhando que “as populações não são iguais”, André Peralta-Santos lembrou que, tradicionalmente, a população mais idosa e as pessoas que têm mais doenças, “são mais vulneráveis ao efeito do calor na saúde”. “Os serviços de saúde têm de se preparar para estes efeitos, nomeadamente quando há eventos extremos como ondas de calor, pois pode haver sempre um acréscimo da procura dos cuidados de saúde”, afirmou o responsável, insistindo: “As unidades já estão bem cientes daquilo que têm de fazer para se preparar”. “Temos preparado já algumas campanhas de reforço para a população, nomeadamente o reforço da hidratação, os cuidados a ter com o sol e os cuidados a ter na praia. No fundo, aquilo que queremos é que as pessoas desfrutem do seu verão e que seja um verão saudável e promotor da saúde”, disse ainda o subdiretor-geral da Saúde. O documento lembra que Portugal é um dos países europeus mais vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica, e que há dados que sugerem que existe “uma tendência para o aumento da temperatura média global em Portugal, assim como para o aumento do número de dias anuais com temperaturas elevadas”. Em Portugal, os investigadores estimam que terão morrido 2.212 pessoas. O relatório de Monitorização da Mortalidade de 2022, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e divulgado em março, aponta para mais de 6.100 óbitos em excesso em Portugal no ano passado, com o registo de quatro picos de excesso de mortalidade, coincidentes com duas ondas de covid-19 e períodos de temperaturas elevadas ou frio extremo. Poderá consultar aqui o documento. (Lusa)

14 de Julho de 2023

Durante o Fórum Médico que convocou para o dia 12 de julho, Carlos Cortes explicou às instituições parceiras todo o trabalho que tem sido realizado para minimizar as consequências negativas da Lei-Quadro das ordens profissionais que foi aprovada em 2022. Entre os vários pontos a que a Ordem se opôs, a tentativa de desregular a formação foi uma das situações complexas que, em tempo recorde, a instituição conseguiu negociar para que se eliminassem as ameaças à qualidade do ensino pós-graduado. “Para mim os parceiros privilegiados da nossa ação serão sempre as organizações médicas, aquelas que estão aqui reunidas neste Fórum”, com quem trabalhará sempre para a “salvaguarda do juramento hipocrático, de uma medicina moderna e da defesa das competências técnicas dos médicos”, garantiu Carlos Cortes. O dirigente manifestou total incompreensão perante a proposta de que o provedor dos doentes não possa ser um médico. “Temos que estar atentos a esses pontos mais importantes”, nomeadamente, “a formação médica que é reconhecida pela sua qualidade a nível internacional. (…) Uma matéria que vamos sempre acompanhar e na qual somos intransigentes”. No Fórum esteve representado o Conselho Nacional do Médico Interno, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a Associação Portuguesa dos Médicos da Carreira Hospitalar, a Federação Nacional dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos, a Associação dos Médicos Portugueses da Indústria Farmacêutica, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, e, como observadora, a Associação Nacional dos Estudantes de Medicina. As instituições representadas nesta plataforma de diálogo vincaram o apoio ao trabalho desenvolvido por Carlos Cortes na defesa do respeito pelos médicos e pelas funções técnicas da OM.

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ESR ALERTA PARA “IMPORTANTES ASSIMETRIAS” NA COBERTURA DE MÉDICOS DE FAMÍLIA

13 de Julho de 2023

A Entidade Reguladora da Saúde (ESR) alertou para as “assimetrias importantes” no acesso a médico de família, com Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Alentejo a apresentarem uma cobertura abaixo da média nacional de 85,6% em 2022.“A nível regional, realça-se a existência de assimetrias importantes no acesso a médico de família, apresentando as unidades da região de saúde do Norte os melhores resultados e as das regiões de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve os piores”, adianta uma informação da ERS sobre os cuidados de saúde primários. Os dados da entidade reguladora indicam que a percentagem de utentes inscritos com médico de família baixou dos 92,7% em 2019 para os 85,6% em 2022 a nível nacional, o mesmo acontecendo nas cinco regiões de Portugal continental. Abaixo da média nacional de 85,6% estão Lisboa e Vale do Tejo (73,2%), Algarve (80,2%) e Alentejo (83,9%), enquanto o Norte (97,3%) e o Centro (89,9%) são as regiões com a melhor cobertura de especialistas de medicina geral e familiar. No caso de Lisboa e Vale do Tejo, a percentagem de utentes sem médico de família aumentou de 14% em 2019 para 26% em 2022, mas no Norte esse indicador estabilizou nos 3% nos últimos anos. “Os ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde] onde existe uma maior percentagem de utentes com médico de família exibiram maiores taxas de utilização de consultas médicas, o que poderá significar que a disponibilidade de médico de família representa um relevante fator promotor do acesso efetivo a cuidados de saúde primários no Serviço Nacional de Saúde”, sublinha a ERS. A análise da entidade reguladora indica também que nas consultas médicas presenciais verificou-se um aumento em 2022 de 18,6%, em relação ao ano anterior. Em relação às consultas de enfermagem presenciais, após um crescimento de 65% em 2021, registou-se uma diminuição de 29,5% em 2022, com Lisboa e Vale do Tejo a exibir a maior quebra (38,5%). “Destaca-se que o número de consultas de enfermagem presenciais realizadas em 2022 foi mais baixo do que o valor observado no ano de 2019”, refere ainda o documento da ERS. Relativamente aos rastreios de doenças oncológicas, os três indicadores considerados pela ERS registaram aumentos em 2022, caso do número de mulheres com registo de rastreio de mamografia nos últimos dois anos (27%), número de mulheres com rastreio de colo de útero (15%) e do número de utentes inscritos com rastreio do cancro do cólon e reto efetuado (12%). No que se refere à retoma da atividade assistencial, a ERS constatou “não ter sido possível recuperar os níveis de 2019”, ano anterior à pandemia, nas consultas presenciais (médicas e de enfermagem), consultas médicas ao domicílio, vigilância do recém-nascido, mulheres com colpocitologia (exame ao colo do útero) atualizada e consultas por gripe. “Esta realidade não é comum a todas as regiões de saúde, tendo sido identificadas regiões de saúde que já recuperaram os níveis de atividade do ano de 2019 em alguns indicadores”, adianta ainda o documento. A ERS sublinha ainda que, na maioria dos indicadores analisados, o Norte apresenta um “melhor desempenho”, o que poderá estar ligado ao facto de ser nessa região onde existem mais Unidades de Saúde Familiar modelo B, que associa a remuneração dos profissionais de saúde ao seu desempenho. (Lusa/Health News

HOSPITAL DE PENICHE ESPERA AUTORIZAÇÃO PARA CONTRATAR PROFISSIONAIS E ABRIR INTERNAMENTO PSIQUIÁTRICO

11 de Julho de 3023

O Centro Hospitalar do Oeste aguarda autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças para contratar cerca de 30 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos e outros técnicos e assistentes. 

O Centro Hospitalar do Oeste concluiu há três meses as obras para criar internamento psiquiátrico no hospital de Peniche, mas continua sem conseguir abrir o serviço por falta de autorização para contratar 30 profissionais, disse esta terça-feira fonte hospitalar.

Fonte hospitalar afirmou à agência Lusa que o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) aguarda autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças para contratar cerca de 30 profissionais, entre enfermeiros, psicólogos e outros técnicos e assistentes operacionais.

Segundo a mesma fonte, a contratação dos profissionais terá um custo de mais de meio milhão de euros por ano, não tendo a instituição essa verba em orçamento.

Questionado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde não prestou esclarecimentos até ao momento.

As obras de remodelação que vão permitir a criação do internamento psiquiátrico terminaram em março e, enquanto o serviço não começa a funcionar, os doentes da área de influência do CHO estão a ser reencaminhados para os hospitais de Lisboa.

​A intenção do CHO é abrir o internamento de Psiquiatria com 15 camas.

As obras orçadas em 690 mil euros foram financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e inserem-se no Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM).

O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.

Fonte: Jornal Observador

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January 1, 2025

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Notícias: News
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CORDÃO SOLIDÁRIO PELA OBSTETRÍCIA DE SANTA MARIA

10 de Julho de 2023

Junta-te a nós!

Notícias: News

ORDEM DEFENDE SEGURANÇA CLÍNICA E QUALIDADE FORMATIVA

 7 de Julho de 2023

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, tem marcado presença junto dos colegas, no terreno, mantendo uma intervenção determinada em defesa da qualidade da medicina e da melhor qualidade nos cuidados prestados à população. Decidido a ser “a voz de todos os médicos pela dignificação da profissão, pela melhoria das suas condições de trabalho, pela valorização e segurança do ato médico”, esta semana o dirigente deslocou-se aos Hospitais Fernando da Fonseca e Santa Maria, unidades onde têm ocorrido dificuldades que podem pôr em causa a qualidade da prestação dos cuidados. O Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca já havia sido alvo de críticas da Ordem por arrastar a não nomeação do Conselho de Administração e da Direção Clínica, situação que Carlos Cortes considera “inaceitável”. “Não haver uma estrutura estável, que permita aos médicos pôr ao serviço do utente as suas melhores capacidades, prejudica em larga escala o normal funcionamento dos hospitais e as respostas em Saúde.” Acresce a essa instabilidade os sérios constrangimentos vividos no Serviço de Cirurgia que têm levado vários médicos a expressarem vontade de abandonar esta unidade hospitalar. Depois de visitar o hospital do concelho de Sintra, onde conversou com dezenas de médicos, o Bastonário deslocou-se a Santa Maria onde encetou várias reuniões com o objetivo de defender os melhores cuidados obstétricos e a máxima segurança clínica para as grávidas e os recém-nascidos que recorrem a este hospital. Carlos Cortes expressou junto da Direção Clínica a convicção de que esta é uma oportunidade de construir consensos com os médicos do Serviço de Obstetrícia e de valorizar o seu contributo. Já à saída, em declarações à imprensa, o Bastonário recusou-se a colaborar em alarmismos desadequados pois "a segurança não está posta em causa”, embora existam aspetos "que têm que ser aprimorados”. "A última coisa que eu iria fazer é criar um alarmismo desnecessário: há, ainda, capacidade de resposta" no Serviço de Obstetrícia e "foram dadas garantias" de que a escala irá ser melhorada. “O Colégio de Ginecologia e Obstetrícia irá deslocar-se muito rapidamente ao hospital para fazer uma avaliação assistencial” que garanta que “todos os parâmetros de qualidade e de segurança estão a ser cumpridos”, explicou, enquadrando a sua preocupação com a capacidade formativa da unidade. O Bastonário está a acompanhar estas situações em “contacto direto” com os colegas quer do Fernando da Fonseca quer do Santa Maria, de forma a encontrar soluções que garantam segurança clínica para os doentes e as melhores condições da prática clínica para os médicos.

Saiba mais >>

WORKSHOP "URBAN CLIMATE AND HEAT STRESS"

29 de Junho de 2023

Foi hoje efectuado um workshop sobre Urban Climate and Heat Stress no IGOT.

Conheça o projecto: IN-HALE Exposição ao calor em ambiente interior e atitudes de adaptação na população idosa

ANOS DE REIVINDICAÇÃO: ATO MÉDICO SERÁ LEI

23 de Junho de 2023

Durante as negociações referentes aos estatutos, esta direção da OM conseguiu ainda incluir “o que todos os médicos reclamam há várias décadas”: a publicação em Lei da definição do Ato Médico, “instrumento essencial no desenvolvimento dos cuidados de saúde, na proteção do ato médico contra a charlatanice e contra a prática de atos médicos por outros profissionais não qualificados”. Uma vitória que “só foi possível pelo esforço, dedicação e apoio de todos os médicos”, considera Carlos Cortes.

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ESTATUTOS: EX-DIRIGENTES APOIAM BASTONÁRIO

23 de Junho de 2023

Numa iniciativa de Gentil Martins, os ex-dirigentes tornaram público o “apoio ao atual Bastonário, Carlos Cortes”, manifestando solidariedade com a instituição. A OM recebeu com agrado o apoio dos ex-Bastonários António Gentil Martins, Germano de Sousa, Pedro Nunes, José Manuel Silva e Miguel Guimarães, na sequência das posições defendidas por Carlos Cortes nas complexas negociações com o Governo sobre a alteração do Estatuto.

Saiba mais >>

ÓRGÃO DE SUPERVISÃO É INTROMISSÃO DO PODER POLÍTICO

23 de Junho de 2023

A “criação de um órgão de supervisão em que 60% dos seus elementos não são médicos é uma tentativa de intromissão” do poder político, lamentou o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, em declarações à RTP. A constituição desse órgão - 15 elementos eleitos, dos quais nove serão não inscritos na Ordem dos Médicos e que será presidido por uma personalidade que tem que ser um não médico – não deixa dúvidas dessa intenção.

Saiba mais >>

MÉDICO DE FAMÍLIA OU FAMÍLIA SEM MÉDICO

16 de Junho de 2023

Ver aqui.

CONGRESSO DE SAUDE PÚBLICA

15 de Junho de 2023

Congresso de Saúde Pública reúne mais de 1.000 especialistas em Lisboa. Temas atuais de Saúde Pública vão estar em debate durante dois dias, em Lisboa, num congresso que reúne antigos ministros da saúde, investigadores e especialistas e que visa, entre outros objetivos, preparar planos para futuros desafios nesta área. Promovido pela Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública e pela Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, o “Congresso Saúde Pública 23 – Uma nova era” decorrerá dia 15 e 16 de Junho) na Culturgest. “É a primeira grande iniciativa que é promovida por todas as associações e sociedades que se interessam pela saúde pública e que terá lugar depois da pandemia [de covid-19]”, disse o presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Francisco George. (Lusa)

OCDE QUER AUMENTO DO INVESTIMENTO E REMUNERAÇÕES NO SNS EM PORTUGAL

 15 de Junho de 2023

A OCDE quer que Portugal aumente o investimento e remunerações no Serviço Nacional de Saúde (SNS), recomendando orçamentos plurianuais e que a aposta na rede de prestadores de cuidados primários seja uma prioridade crescente. Num relatório sobre o desempenho económico de Portugal perante os atuais desafios globais e domésticos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) critica o atual estado do setor da saúde e emite recomendações. “Os gastos de investimento e remuneração no setor de saúde terão de aumentar. Os tempos de espera são longos, com seguros privados complementares dando às famílias maiores rendimentos melhor acesso a provedores privados”, pode ler-se. A organização com sede em Paris considera que “o anterior subinvestimento em edifícios e equipamentos está a ser lentamente corrigido”, mas alerta que “levará tempo para ser totalmente superado”.

“Longas horas de trabalho e baixos salários no setor público tornaram cada vez mais difícil atrair e reter pessoal médico”, sentencia. Para a OCDE, é necessário “produzir orçamentos plurianuais para o SNS, equilibrando as prioridades de saúde de médio prazo com o espaço orçamental disponível”. Entre as recomendações estão ainda a necessidade o país ter cuidados integrados entre hospitais e a rede de cuidados primários, considerando essencial que esta se torne uma “prioridade crescente”. O relatório recomenda ainda que deve ser assegurado que todos os doentes têm um médico de família. No relatório sobre o desempenho económico de Portugal, a OCDE recomenda uma melhoria da política macroeconómica e orçamental do país, o fortalecimento do emprego e produtividade, do sistema de saúde e da transição para uma economia verde. Poderá consultar o relatório aqui. (Lusa)

Consultar aqui

14 de Junho de 2023

A disbiose microbiana intestinal e a inflamação resultante podem desempenhar um papel no desenvolvimento da diabetes mellitus gestacional (DMG) logo no primeiro trimestre da gravidez, de acordo com um estudo observacional publicado na revista Gut. 

Ler tudo.

14 de Junho de 2023

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a Direção-Geral da Saúde (DGS) pretendem garantir o acesso a bombas de insulina automáticas a pessoas com diabetes tipo 1, até 2026.

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UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE

30 de Maio de 2023

As Unidades Locais de Saúde (ULS) são constituídas por um hospital e os centros de Saúde da área. Vão ser constituídas mais seis: ULS de Santo António e a ULS Tâmega e Sousa, no Norte; a ULS Cova da Beira no Centro; na região de Lisboa e Vale do Tejo serão criadas a ULS Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria, H. Pulido Valente e Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte; ULS do Oeste e ULS de Loures.


Em princípio as ULS’s foram concebidas como tendo uma direcção comum do Hospital e dos agrupamentos de Cuidados Primários e disponibilidade dos Laboratórios da unidade aos utentes dos Centros de Saúde. A estrutura que é proposta actualmente tem sido criticada pelos médicos dos Cuidados Primários, porque, segundo estes, vai haver uma subordinação desta área à direcção hospitalar.

COMO NOS TORNAMOS DEPENDENTES

O PAPEL DA DOPAMINA

Há mais de um século em 1911, foi sintetizado um precursor da dopamina, a levodope, por um polaco, Casimir Funk. E em 1913 um bioquímico suíço, Markus Guggenheim extraiu levodope de uma leguminosa, Vicia faba. Experimentou em si próprio, vomitou. E a levodopa foi por algum tempo, abandonada. Por essa altura também houve quem sintetizasse a dopamina e antes da II Guerra Mundial, químicos alemães já sabiam que a levodopa era um antecessor da dopamina no corpo humano e que esta última era um intermediário da síntese da noradrenalina.


Durante a guerra estas moléculas ficaram esquecidas e foi depois, em Oxford, que um químico fugido da Alemanha nazi, começou a estudar a dopamina e a verificar que era muito concentrada no Sistema Nervoso Central.


Passaram aos estudos em animais de laboratório e, pela mesma altura, verificaram que um medicamento psiquiátrico, a reserpina, limpava o sistema nervoso central de dopamina e o animal comportava-se como se tivesse Parkinson. Usada a reserpina para o tratamento da esquizofrenia, o doente ficava também com sintomas de Parkinson. Foi então que Carlsson, na Suécia, resolveu tratar os coelhos tornados doentes de Parkinson pela reserpina, com a esquecida levodopa. E ficaram de orelhas arrebitadas e a correr na sala.


Em 1961, alguns doentes com Parkinson foram injectados com levodopa e deu-se um “milagre”. Um doente disse aos jornalistas: “Posso dizer que sou [de novo] um ser humano”. Um novo medicamento, anti-psicótico, a cloropromazina, produziu o mesmo efeito da reserpina. Concluíram que bloquear a produção de dopamina era a razão das qualidades anti-psicóticas continuando a experiência com ratinhos, concluíram pelos anos 90 do século passado, que a dopamina desencadeava adição. A partir daí a dopamina foi estudada como responsável da adição e compulsão em drogas, tabaco, jogo, álcool e comidas.


Medicamentos para tratar a compulsão e a adição organizam-se agora focando a dopamina. Neurotransmissor do prazer e do vício. Em 2018 Carlsson, já com 95 anos dizia: “A dopamina está envolvida em tudo o que acontece no nosso cérebro [sistema nervoso central] – em todas as suas funções importantes”.

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ORDEM DEFENDE SEGURANÇA CLÍNICA E QUALIDADE FORMATIVA

 7 de Julho de 2023

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, tem marcado presença junto dos colegas, no terreno, mantendo uma intervenção determinada em defesa da qualidade da medicina e da melhor qualidade nos cuidados prestados à população. Decidido a ser “a voz de todos os médicos pela dignificação da profissão, pela melhoria das suas condições de trabalho, pela valorização e segurança do ato médico”, esta semana o dirigente deslocou-se aos Hospitais Fernando da Fonseca e Santa Maria, unidades onde têm ocorrido dificuldades que podem pôr em causa a qualidade da prestação dos cuidados. O Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca já havia sido alvo de críticas da Ordem por arrastar a não nomeação do Conselho de Administração e da Direção Clínica, situação que Carlos Cortes considera “inaceitável”. “Não haver uma estrutura estável, que permita aos médicos pôr ao serviço do utente as suas melhores capacidades, prejudica em larga escala o normal funcionamento dos hospitais e as respostas em Saúde.” Acresce a essa instabilidade os sérios constrangimentos vividos no Serviço de Cirurgia que têm levado vários médicos a expressarem vontade de abandonar esta unidade hospitalar. Depois de visitar o hospital do concelho de Sintra, onde conversou com dezenas de médicos, o Bastonário deslocou-se a Santa Maria onde encetou várias reuniões com o objetivo de defender os melhores cuidados obstétricos e a máxima segurança clínica para as grávidas e os recém-nascidos que recorrem a este hospital. Carlos Cortes expressou junto da Direção Clínica a convicção de que esta é uma oportunidade de construir consensos com os médicos do Serviço de Obstetrícia e de valorizar o seu contributo. Já à saída, em declarações à imprensa, o Bastonário recusou-se a colaborar em alarmismos desadequados pois "a segurança não está posta em causa”, embora existam aspetos "que têm que ser aprimorados”. "A última coisa que eu iria fazer é criar um alarmismo desnecessário: há, ainda, capacidade de resposta" no Serviço de Obstetrícia e "foram dadas garantias" de que a escala irá ser melhorada. “O Colégio de Ginecologia e Obstetrícia irá deslocar-se muito rapidamente ao hospital para fazer uma avaliação assistencial” que garanta que “todos os parâmetros de qualidade e de segurança estão a ser cumpridos”, explicou, enquadrando a sua preocupação com a capacidade formativa da unidade. O Bastonário está a acompanhar estas situações em “contacto direto” com os colegas quer do Fernando da Fonseca quer do Santa Maria, de forma a encontrar soluções que garantam segurança clínica para os doentes e as melhores condições da prática clínica para os médicos.

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WORKSHOP "URBAN CLIMATE AND HEAT STRESS"

29 de Junho de 2023

Foi hoje efectuado um workshop sobre Urban Climate and Heat Stress no IGOT.

Conheça o projecto: IN-HALE Exposição ao calor em ambiente interior e atitudes de adaptação na população idosa

ANOS DE REIVINDICAÇÃO: ATO MÉDICO SERÁ LEI

23 de Junho de 2023

Durante as negociações referentes aos estatutos, esta direção da OM conseguiu ainda incluir “o que todos os médicos reclamam há várias décadas”: a publicação em Lei da definição do Ato Médico, “instrumento essencial no desenvolvimento dos cuidados de saúde, na proteção do ato médico contra a charlatanice e contra a prática de atos médicos por outros profissionais não qualificados”. Uma vitória que “só foi possível pelo esforço, dedicação e apoio de todos os médicos”, considera Carlos Cortes.

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ESTATUTOS: EX-DIRIGENTES APOIAM BASTONÁRIO

23 de Junho de 2023

Numa iniciativa de Gentil Martins, os ex-dirigentes tornaram público o “apoio ao atual Bastonário, Carlos Cortes”, manifestando solidariedade com a instituição. A OM recebeu com agrado o apoio dos ex-Bastonários António Gentil Martins, Germano de Sousa, Pedro Nunes, José Manuel Silva e Miguel Guimarães, na sequência das posições defendidas por Carlos Cortes nas complexas negociações com o Governo sobre a alteração do Estatuto.

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ÓRGÃO DE SUPERVISÃO É INTROMISSÃO DO PODER POLÍTICO

23 de Junho de 2023

A “criação de um órgão de supervisão em que 60% dos seus elementos não são médicos é uma tentativa de intromissão” do poder político, lamentou o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, em declarações à RTP. A constituição desse órgão - 15 elementos eleitos, dos quais nove serão não inscritos na Ordem dos Médicos e que será presidido por uma personalidade que tem que ser um não médico – não deixa dúvidas dessa intenção.

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MÉDICO DE FAMÍLIA OU FAMÍLIA SEM MÉDICO

16 de Junho de 2023

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CONGRESSO DE SAUDE PÚBLICA

15 de Junho de 2023

Congresso de Saúde Pública reúne mais de 1.000 especialistas em Lisboa. Temas atuais de Saúde Pública vão estar em debate durante dois dias, em Lisboa, num congresso que reúne antigos ministros da saúde, investigadores e especialistas e que visa, entre outros objetivos, preparar planos para futuros desafios nesta área. Promovido pela Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública e pela Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, o “Congresso Saúde Pública 23 – Uma nova era” decorrerá dia 15 e 16 de Junho) na Culturgest. “É a primeira grande iniciativa que é promovida por todas as associações e sociedades que se interessam pela saúde pública e que terá lugar depois da pandemia [de covid-19]”, disse o presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, Francisco George. (Lusa)

OCDE QUER AUMENTO DO INVESTIMENTO E REMUNERAÇÕES NO SNS EM PORTUGAL

 15 de Junho de 2023

A OCDE quer que Portugal aumente o investimento e remunerações no Serviço Nacional de Saúde (SNS), recomendando orçamentos plurianuais e que a aposta na rede de prestadores de cuidados primários seja uma prioridade crescente. Num relatório sobre o desempenho económico de Portugal perante os atuais desafios globais e domésticos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) critica o atual estado do setor da saúde e emite recomendações. “Os gastos de investimento e remuneração no setor de saúde terão de aumentar. Os tempos de espera são longos, com seguros privados complementares dando às famílias maiores rendimentos melhor acesso a provedores privados”, pode ler-se. A organização com sede em Paris considera que “o anterior subinvestimento em edifícios e equipamentos está a ser lentamente corrigido”, mas alerta que “levará tempo para ser totalmente superado”.

“Longas horas de trabalho e baixos salários no setor público tornaram cada vez mais difícil atrair e reter pessoal médico”, sentencia. Para a OCDE, é necessário “produzir orçamentos plurianuais para o SNS, equilibrando as prioridades de saúde de médio prazo com o espaço orçamental disponível”. Entre as recomendações estão ainda a necessidade o país ter cuidados integrados entre hospitais e a rede de cuidados primários, considerando essencial que esta se torne uma “prioridade crescente”. O relatório recomenda ainda que deve ser assegurado que todos os doentes têm um médico de família. No relatório sobre o desempenho económico de Portugal, a OCDE recomenda uma melhoria da política macroeconómica e orçamental do país, o fortalecimento do emprego e produtividade, do sistema de saúde e da transição para uma economia verde. Poderá consultar o relatório aqui. (Lusa)

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14 de Junho de 2023

A disbiose microbiana intestinal e a inflamação resultante podem desempenhar um papel no desenvolvimento da diabetes mellitus gestacional (DMG) logo no primeiro trimestre da gravidez, de acordo com um estudo observacional publicado na revista Gut. 

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14 de Junho de 2023

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a Direção-Geral da Saúde (DGS) pretendem garantir o acesso a bombas de insulina automáticas a pessoas com diabetes tipo 1, até 2026.

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UNIDADES LOCAIS DE SAÚDE

30 de Maio de 2023

As Unidades Locais de Saúde (ULS) são constituídas por um hospital e os centros de Saúde da área. Vão ser constituídas mais seis: ULS de Santo António e a ULS Tâmega e Sousa, no Norte; a ULS Cova da Beira no Centro; na região de Lisboa e Vale do Tejo serão criadas a ULS Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria, H. Pulido Valente e Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Norte; ULS do Oeste e ULS de Loures.


Em princípio as ULS’s foram concebidas como tendo uma direcção comum do Hospital e dos agrupamentos de Cuidados Primários e disponibilidade dos Laboratórios da unidade aos utentes dos Centros de Saúde. A estrutura que é proposta actualmente tem sido criticada pelos médicos dos Cuidados Primários, porque, segundo estes, vai haver uma subordinação desta área à direcção hospitalar.

COMO NOS TORNAMOS DEPENDENTES

O PAPEL DA DOPAMINA

Há mais de um século em 1911, foi sintetizado um precursor da dopamina, a levodope, por um polaco, Casimir Funk. E em 1913 um bioquímico suíço, Markus Guggenheim extraiu levodope de uma leguminosa, Vicia faba. Experimentou em si próprio, vomitou. E a levodopa foi por algum tempo, abandonada. Por essa altura também houve quem sintetizasse a dopamina e antes da II Guerra Mundial, químicos alemães já sabiam que a levodopa era um antecessor da dopamina no corpo humano e que esta última era um intermediário da síntese da noradrenalina.


Durante a guerra estas moléculas ficaram esquecidas e foi depois, em Oxford, que um químico fugido da Alemanha nazi, começou a estudar a dopamina e a verificar que era muito concentrada no Sistema Nervoso Central.


Passaram aos estudos em animais de laboratório e, pela mesma altura, verificaram que um medicamento psiquiátrico, a reserpina, limpava o sistema nervoso central de dopamina e o animal comportava-se como se tivesse Parkinson. Usada a reserpina para o tratamento da esquizofrenia, o doente ficava também com sintomas de Parkinson. Foi então que Carlsson, na Suécia, resolveu tratar os coelhos tornados doentes de Parkinson pela reserpina, com a esquecida levodopa. E ficaram de orelhas arrebitadas e a correr na sala.


Em 1961, alguns doentes com Parkinson foram injectados com levodopa e deu-se um “milagre”. Um doente disse aos jornalistas: “Posso dizer que sou [de novo] um ser humano”. Um novo medicamento, anti-psicótico, a cloropromazina, produziu o mesmo efeito da reserpina. Concluíram que bloquear a produção de dopamina era a razão das qualidades anti-psicóticas continuando a experiência com ratinhos, concluíram pelos anos 90 do século passado, que a dopamina desencadeava adição. A partir daí a dopamina foi estudada como responsável da adição e compulsão em drogas, tabaco, jogo, álcool e comidas.


Medicamentos para tratar a compulsão e a adição organizam-se agora focando a dopamina. Neurotransmissor do prazer e do vício. Em 2018 Carlsson, já com 95 anos dizia: “A dopamina está envolvida em tudo o que acontece no nosso cérebro [sistema nervoso central] – em todas as suas funções importantes”.

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AS PROPOSTAS E OS SINDICATOS

10 de Maio de 2023

Há uma semana o Ministério da Saúde anunciou a abertura de 1180 vagas para fixar médicos especialistas nas áreas hospitalares, Medicina Geral e Familiar e Saúde Pública. Mas as estruturas que representam a classe são perentórias: "Abrir vagas é positivo, mas não chega". E acusam a tutela de "não estar a fazer o que deve ser feito". Enquanto isso as escalas de urgência ficam piores do que há um ano, dizem. Os dirigentes da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) são categóricos ao afirmarem que a tutela está "a tentar camuflar a questão de fundo" e que, enquanto isto, "as escalas de urgência estão piores do que há um ano", afirmava Jorge Paulo Roque da Cunha do SIM, explicando que "o problema das escalas não se esgota nas férias dos profissionais", a preocupação é qualidade das equipas a prestar cuidados. "São poucas as urgências que atualmente funcionam com equipas completas e a perspetiva é de que o número de médicos no SNS continue a diminuir." A dirigente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, concorda que a tutela "não está a fazer o que deveria ser feito", que é avançar com a negociação pela valorização remuneratória e das carreiras, argumentando mesmo "não se percebe o que pretende com o concurso agora lançado". A médica reafirma que "é positivo que se abram vagas, mas isto só por si não chega, pois não é a abertura de concursos que vai funcionar como elemento de motivação para que os médicos fiquem no SNS". Por isso, critica, "esta medida é uma artimanha e uma forma de estar a maquilhar a realidade do SNS". Para Joana Bordalo e Sá "estas vagas, basicamente, não vêm resolver nada, muitas vão ser preenchidas por médicos que já estão nos serviços. E as vagas para os que faltam?", questiona, acrescentando: "Já cansa estar sempre a dizer o mesmo, mas o mais importante não está a ser resolvido e o tempo de negociação com os sindicatos está a acabar". (Diário de Notícias)

SOLUÇÕES PARA RUTURA PROLONGADA DE INSULINAS

11 de Maio de 2023

O laboratório farmacêutico Sanofi reportou ao Infarmed a rutura prolongada de várias insulinas por problemas no fabrico que afetam diversos países europeus. Estima-se um período prolongado de indisponibilidade, que se deve iniciar durante o corrente mês de maio e prolongar até final do presente ano. A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica publicou um conjunto de orientações de apoio à decisão clínica os médicos prescritores e demais profissionais de saúde na substituição por outra insulina, que se diferenciam, contudo, na forma de apresentação e perfil farmacocinético. Deste modo, é necessário assegurar que os utentes tratados com qualquer uma das formulações de insulina afetadas efetuem, de forma atempada, a transição para outra das alternativas terapêuticas existentes no mercado, cuja disponibilidade foi desde já assegurada por parte dos respetivos titulares de autorização de introdução no mercado. A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica definiu orientações identificou as alternativas terapêuticas disponíveis e forneceu recomendações para que a substituição decorra de forma segura. As formulações que podem ser utilizadas em alternativa à insulina rápida e insulina basal, que se encontram em rutura, não possuem a mesma apresentação, pelo que requerem um dispositivo de administração próprio. Estas alternativas podem possuir a mesma substância ativa, ou tratar-se de análogos de insulina, que partilham as mesmas indicações terapêuticas, mas possuem um perfil farmacocinético diferente. No caso da pré-mistura de insulina rápida e insulina basal, além da diferença relacionada com o dispositivo de administração, nenhuma das alternativas possui as mesmas substâncias, na mesma concentração. Assim, o prescritor poderá optar pelas mesmas substâncias, em diferente proporção, ou por uma associação de análogos de insulina, na mesma ou em diferente proporção. Os farmacêuticos que acompanhem utentes tratados com qualquer uma destas formulações devem aconselhar o contacto com o médico. Devem também instruir os utentes e/ou os seus cuidadores acerca da correta utilização do novo dispositivo de administração, acompanhando o processo de introdução do novo medicamento e esclarecendo eventuais dúvidas relativas à posologia prescrita, ao horário de administração ou a possíveis ajustes à medicação concomitante. Importa ainda reforçar a necessidade de uma rigorosa monitorização da glicemia durante as fases iniciais do processo de substituição. Poderá consultar mais informações aqui. (Ordem dos Farmacêuticos)O laboratório farmacêutico Sanofi reportou ao Infarmed a rutura prolongada de várias insulinas por problemas no fabrico que afetam diversos países europeus. Estima-se um período prolongado de indisponibilidade, que se deve iniciar durante o corrente mês de maio e prolongar até final do presente ano. A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica publicou um conjunto de orientações de apoio à decisão clínica os médicos prescritores e demais profissionais de saúde na substituição por outra insulina, que se diferenciam, contudo, na forma de apresentação e perfil farmacocinético. Deste modo, é necessário assegurar que os utentes tratados com qualquer uma das formulações de insulina afetadas efetuem, de forma atempada, a transição para outra das alternativas terapêuticas existentes no mercado, cuja disponibilidade foi desde já assegurada por parte dos respetivos titulares de autorização de introdução no mercado. A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica definiu orientações identificou as alternativas terapêuticas disponíveis e forneceu recomendações para que a substituição decorra de forma segura. As formulações que podem ser utilizadas em alternativa à insulina rápida e insulina basal, que se encontram em rutura, não possuem a mesma apresentação, pelo que requerem um dispositivo de administração próprio. Estas alternativas podem possuir a mesma substância ativa, ou tratar-se de análogos de insulina, que partilham as mesmas indicações terapêuticas, mas possuem um perfil farmacocinético diferente. No caso da pré-mistura de insulina rápida e insulina basal, além da diferença relacionada com o dispositivo de administração, nenhuma das alternativas possui as mesmas substâncias, na mesma concentração. Assim, o prescritor poderá optar pelas mesmas substâncias, em diferente proporção, ou por uma associação de análogos de insulina, na mesma ou em diferente proporção. Os farmacêuticos que acompanhem utentes tratados com qualquer uma destas formulações devem aconselhar o contacto com o médico. Devem também instruir os utentes e/ou os seus cuidadores acerca da correta utilização do novo dispositivo de administração, acompanhando o processo de introdução do novo medicamento e esclarecendo eventuais dúvidas relativas à posologia prescrita, ao horário de administração ou a possíveis ajustes à medicação concomitante. Importa ainda reforçar a necessidade de uma rigorosa monitorização da glicemia durante as fases iniciais do processo de substituição. Poderá consultar mais informações aqui. (Ordem dos Farmacêuticos)

A ALIMENTAÇÃO EUROPEIA

3 de Maio de 2023

Cerca de 38 milhões de pessoas na União Europeia (UE) não têm acesso a uma alimentação suficientemente saudável e sustentável, alertou a organização não-governamental WWF, garantindo que é uma tendência que está a crescer desde 2015. “O sistema alimentar da UE está a provocar a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas, ao mesmo tempo que torna extremamente difícil para muitos cidadãos o acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis”, afirmou Giulia Riedo, responsável pela política alimentar e agrícola sustentável do WWF (World Wide Fund for Nature). (Lusa)

 DESPACHO N.º 4764/2023 DO GABINETE DA SECRETÁRIA DE ESTADO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE QUE CRIA A COMISSÃO PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA.

2 de Maio de 2023

Objetivo da Comissão: elaboração de uma proposta de Lei da Saúde Pública (LSP), com foco nas: 

a) Atribuições e funções dos serviços de saúde pública (...), 

b) Reorganização dos serviços de saúde pública em todos os níveis (central, regional e local) (..)

A Comissão é constituída por 1 coordenador (Mário Jorge dos Santos Neves) e por 22 membros (...)

O mandato da Comissão tem a duração de um ano.

Ver o despacho aqui

ORDEM APELA À NOMEAÇÃO URGENTE DOS DIRETORES CLÍNICOS E PRESIDENTES DOS CONSELHOS CLÍNICOS E DE SAÚDE

28 de Abril de 2023

A Ordem dos Médicos (OM) criticou esta semana a demora incompreensível na nomeação de diretores clínicos e presidentes dos conselhos clínicos e de saúde que se verifica em vários hospitais e Unidades Locais de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apelou ao Ministério da Saúde para que resolva esta situação com a máxima urgência, já que prejudica a atividade clínica. "É inadmissível que, de norte a sul do país, se continuem a verificar situações como a do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real, Chaves e Lamego) ou a do Centro Hospitalar do Oeste (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche), que estão sem direção clínica há meses ou na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano que nunca teve direção clínica da área dos cuidados de saúde primários, entre vários outros casos", afirmou Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, em comunicado de imprensa emitido esta manhã. De acordo com o dirigente, “estas são situações fortemente penalizadoras para os hospitais, para os médicos e para os doentes, na medida em que a ausência de uma estrutura clínica hierarquizada condiciona e fragiliza o seu funcionamento diário, a atividade médica e os cuidados de saúde prestados aos doentes”. Carlos Cortes acrescenta “não é admissível um hospital desenvolver a sua atividade sem um diretor clínico nomeado no seu conselho de administração, é uma obrigação legal e é, sobretudo, um fator de estabilidade e segurança clínica para a instituição”. O bastonário apelou ao Ministério da Saúde que resolva estas situações com celeridade pois "não é aceitável que uma unidade de saúde funcione durante meses sem um diretor clínico. É por isso absolutamente vital que a tutela cumpra a lei" e nomeie com urgência os diretores clínicos
e presidentes dos conselhos clínicos e de saúde em falta, por forma a "garantir o cumprimento da missão das instituições na prestação de cuidados de saúde aos utentes e da organização do trabalho médico e técnico", frisou.

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DEIXAMOS DE TER O CICLO DA LUZ E DA SOMBRA?

July 12, 2025

Calcula-se que as primeiras células terão aparecido há cerca de 3,8 a 3,7 mil milhões de anos. Mas lá na água, onde elas surgiram, não se sabe se a luz e a noite ocasionada pelos circuitos imparáveis do planeta terra que se soltara do Sol e à volta dele andava, teriam influência sobre o seu funcionamento.

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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS DE SAÚDE PÚBLICA APONTA
“ASFIXIA INSTITUCIONAL” DA DGS

27 de Março de 2023

Em comunicado, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) manifesta a sua preocupação com os serviços de saúde pública em Portugal, lamentando que, havendo disponibilidade de instrumentos financeiros, como o Plano de Recuperação e Resiliência, as opções políticas do Governo sejam no sentido de “criar redundâncias de instituições/hierarquias decisórias”. A associação diz que as medidas anunciadas “não se focam na efetividade e eficiência de intervenção, ao contrário do que seria expectável e desejável”. A ANMSP critica a retirada de competências da Direção-Geral da Saúde (DGS) e o anúncio de uma Agência de Promoção de Saúde – “em termos incertos” -, considerando que tal situação vai conduzir a uma “muito provável” sobreposição de competências com a Divisão de Promoção e Educação para a Saúde da DGS e o Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). A propósito da retirada de competências, os médicos de saúde pública apontam o despacho publicado este mês que retira da alçada da DGS a coordenação dos assuntos europeus e relações internacionais, que passa para a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde. Entre as competências da Direção de Serviços de Coordenação das Relações Internacionais está o acompanhamento e coordenação das políticas comunitárias, designadamente de saúde pública da União Europeia. Os médicos de saúde pública apontam ainda a retirada do Programa Nacional de Saúde Mental como Programa Prioritário da DGS, em 2021, (extinto, por nomeação da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental), sublinhando que tal decisão “foi um prenúncio do que se afigura ser uma deliberada asfixia institucional da DGS”. Estes processos – frisam – “correm paralelamente à nomeação de uma nova Comissão de Reforma de Saúde Pública – a terceira desde 2016 – empenhando mais recursos e pessoas de boa vontade em nova discussão, com um lastro de utilidade, na melhor das hipóteses, residual das comissões anteriores”. As mudanças efetuadas e anunciadas “sugerem uma visão não declarada de reforma, sem consideração plena dos contributos dos profissionais do terreno que trabalham, todos os dias, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para a melhoria da Saúde Pública em Portugal”, acrescentam. Reconhecendo a “vontade e alinhamento” da Direção Executiva do SNS, a associação defende que a Saúde Pública em Portugal precisa de “uma estrutura vertical, alinhada a nível regional e nacional”, para que seja possível “dar resposta de forma integrada na proteção, promoção da saúde e prevenção da doença”. “Defendemos uma visão moderna e, sobretudo, oportunidades de aproveitamento das competências dos Médicos de Saúde Pública e dos Serviços de Saúde Pública, como um todo, que podem fazer a diferença para o SNS no novo quadro de Unidades Locais de Saúde”, escrevem os especialistas. A ANMSP mostra-se ainda disponível para colaborar na capacitação e organização dos serviços de saúde pública e na formação dos profissionais, mas exigem “transparência nas intenções e nos processos”. (Lusa/Health News)

ESPECIALISTA ALERTA PARA POSSIBILIDADE DE SURTOS EPIDÉMICOS DE DENGUE E ZIKA
EM PORTUGAL

30 de Março de 2023

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a evolução da pandemia da covid-19 ainda é uma incerteza, alegando que o coronavírus SARS-CoV-2 continua a evoluir sem demonstrar um "padrão previsível". “Por um lado, estamos agora numa situação muito melhor, mas, por outro, não podemos prever com certeza absoluta como esta pandemia vai evoluir, com a exceção de que este vírus está para ficar”, adiantou responsável técnica da OMS. Segundo Maria Van Kerkhove, a nível global verifica-se uma elevada circulação do coronavírus SARS-CoV-2, apesar de o impacto ser menor do que nos primeiros anos da pandemia ao nível dos internamentos, dos cuidados intensivos e dos óbitos. Apesar dessa redução do impacto, a “ameaça não acabou”, alertou a especialista da OMS, ao salientar que ainda se regista entre 5.000 e 10.000 mortos por semana no mundo, a grande maioria pessoas mais idosas não vacinadas ou com a vacinação incompleta. “Uma das grandes incertezas que enfrentamos é o vírus em si mesmo, que não estabilizou num padrão previsível e continua a evoluir”, referiu Maria Van Kerkhove, ao recordar que a Ómicron é a variante de preocupação que continua predominante a nível global, com mais de 600 sublinhagens em circulação. A responsável técnica da organização para a pandemia reconheceu também que se vai “continuar a ver ondas de infeções”, mas salientou que os picos não deverão ser tão elevados com os anteriores, devido ao nível de imunização da população mundial. “Uma das coisas com que estamos muito preocupados é o potencial do vírus para mudar e ficar, não apenas mais transmissível, mas mais severo”, referiu a epidemiologista, adiantando que a OMS está a monitorizar a variante XBB.1.1.6, que tem uma mutação adicional na proteína `spike´ que, segundo estudos laboratoriais, poderá aumentar a infectividade. Segundo adiantou, a XBB.1.1.6 está em circulação há alguns meses e a maioria das sequências analisadas é proveniente da Índia.

FNAM REJEITA A PROPOSTA DO MINISTÉRIO PARA OS MÉDICOS EM EQUIPAS
DEDICADAS NAS URGÊNCIAS

17 de Abril de 2023

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) rejeitou a proposta do Ministério da Saúde que implementa horários desumanos para os médicos em equipas dedicadas nos serviços de urgência, com jornadas diárias de 12 horas, sem limite de horas extraordinárias nem valorização salarial. Em resposta, nem uma hora a mais: os médicos deixarão de fazer horas extra depois das 150 horas anuais obrigatórias. “Parece que seguimos no sentido oposto do que seria suposto, em matéria de condições de trabalho, direitos laborais e de conciliação da vida profissional, pessoal e familiar dos médicos. O Governo apresenta uma verdadeira agenda do trabalho indigno e de desvalorização dos médicos, desvirtuando, mais uma vez, a negociação em curso com os sindicatos médicos.”. “A proposta de «ciclos de trabalho no serviço de urgência», apresentada pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, prevê que os médicos trabalhem por períodos diários de 12 horas, exclusivamente em serviço de urgência (externa e interna), nas unidades de cuidados intensivos e intermédios, por períodos consecutivos de 90 dias até 9 meses por ano.  No total, os médicos trabalhariam 36 horas por semana, concentrando as jornadas de trabalho em três dias, numa verdadeira promoção do cansaço e do burnout.” “Trata-se de uma proposta desumana, que prevê ainda que estas jornadas de trabalho tenham dois períodos de descanso de 30 minutos, no máximo. Além disso, não há limite para o trabalho suplementar ou noturno, nem garantia de que os descansos semanais possam também ocorrer ao fim de semana. No limite, um médico pode trabalhar todos os fins de semana durante 9 meses.”. “Para a FNAM, esta é uma proposta que subverte a carreiras médicas, as equipas e as unidades de trabalho hospitalares, pois dispensa estes médicos de todas as tarefas e funções que não estejam integradas com o trabalho em serviço de urgência. Por isso, ficam em risco atividades clínicas essenciais, como as visitas médicas a doentes internados, consultas e cirurgias programadas – que em muitas situações já se encontram fora do limite de tempo de resposta adequado –, colocando em causa os cuidados de saúde aos doentes e o próprio funcionamento do Serviço Nacional de Saúde. Em causa também fica a formação no âmbito do internato médico, comprometendo a formação de novos médicos especialistas. (Health News)

DESPACHO DO MS DE 28/03/2023, QUE PROMOVE A TRANSFERÊNCIA DE ALGUNS SERVIÇOS DAS ARS (ANTERIORMENTE EXTINTAS) E O RESPETIVO PESSOAL PARA A DIREÇÃO EXECUTIVA DO SNS

 13 de Abril de 2023

Consultar aqui

WEBINAR | A GESTÃO DO MEDICAMENTO NO REGISTO DE SAÚDE ELETRÓNICO | 21 DE ABRIL | 10:00 – 12:30

12 de Abril de 2023

A Gestão do Medicamento no Registo de Saúde Eletrónico


Comissão Setorial para a Saúde  (CS/09), promovida e dinamizada pelo Instituto Português da Qualidade, realiza um webinar sobre o tema “A Gestão do Medicamento no Registo de Saúde Eletrónico”, no dia 21 de abril (10:00 – 12:30).


A Comissão Setorial para a Saúde (CS/09), tem como objetivos gerais analisar, promover e dinamizar as várias componentes que influenciam a Qualidade na Saúde e preparar recomendações para a respetiva melhoria. A missão é difundir e incentivar a adoção dos princípios, metodologias e melhores práticas da Qualidade e da Segurança na Saúde, no âmbito do Sistema Português da Qualidade, com o objetivo de elevar continuamente a Saúde da População Portuguesa.


OBJETIVOS
Este webinar tem como principal objetivo apresentar normas, modelos e boas práticas para o desenvolvimento e implementação do Registo de Saúde Eletrónico (RSE), tendo como foco a importância
do Medicamento e dos produtos de saúde como ferramentas sanitárias.


DESTINATÁRIOS
Profissionais de Saúde, Administradores Hospitalares e Técnicos Especialistas de Tecnologias de Informação.


PARTICIPAÇÃO E INSCRIÇÃO


A participação é livre mediante inscrição até 19 de abril.

Inscrições: Aqui

Programa: Aqui

SUBSCRIÇÃO MANIFESTO "MAIS SNS"

12 de Abril de 2023

Pelo Direito à Saúde, MAIS SNS


“O SNS é um património moral irrenunciável da nossa democracia”
(António Arnaut)

Portugal não suporta mais esperas e falhas nos cuidados de saúde. Só haverá verdadeiro acesso à saúde se não desistirmos do combate por um Serviço Nacional de Saúde público, qualificado e universal, pago com os nossos impostos.


O SNS está doente.
Prolongada suborçamentação e baixo investimento têm consumido as reservas dos serviços de saúde: é adiada a construção urgente de hospitais e centros de saúde, bloqueada a contratação de profissionais essenciais e falta justiça e valorização laboral. O resultado é a falta de acesso aos cuidados de saúde primários, mais espera por consultas hospitalares e cirurgias, escassez na saúde mental, penúria na saúde oral e gastos elevados das famílias. O desinvestimento empurra utentes para o negócio dos grandes grupos privados.

Mais de um milhão de cidadãos sem médico de família são forçados a recorrer às urgências dos hospitais - a única solução que lhes resta. Os profissionais de saúde desdobram-se em horas extraordinárias, acumulando cansaço e baixas por esgotamento. O bloqueio das carreiras acelera a sangria dos mais qualificados. O desinvestimento empurra profissionais para o setor privado e para a emigração.

O SNS é indispensável à sociedade portuguesa.
Na pandemia da Covid-19 o SNS salvou-nos. A indispensabilidade do SNS na sociedade portuguesa tornou-se simplesmente mais óbvia. A maior campanha de vacinação da história só foi possível graças ao SNS. Quando se esgota o plafond do seguro no privado é o SNS que recebe e trata, sem distinção, não olhando a custos. Para além de prestar cuidados de saúde, o SNS, pela sua centralidade no sistema de saúde, tem um papel regulador, de referência, na defesa do bem comum, tornando mais evidentes práticas eventualmente lesivas dos interesses das pessoas e da qualidade dos cuidados de saúde.

O SNS pode ser curado.
É possível reforçar o investimento em modernização; é possível incentivar, valorizar, reter e recrutar os profissionais em falta, sobretudo aqueles que o próprio SNS forma; é possível dar equipa de saúde familiar a todos os cidadãos, porque eles existem; é possível reforçar o investimento na saúde pública, na promoção da saúde e na prevenção da doença. É possível porque são tudo escolhas políticas. Escolhas que a democracia consagra.
Somos cidadãos que recusam a degradação e o retrocesso do SNS e que dele não desistem. Exigimos políticas públicas que assegurem o direito de todos à saúde e iremos afirmá-lo na rua e no espaço público. Porque “todos têm direito à proteção na saúde e o dever de a defender e promover" (Artigo 64º/1 da Constituição). Apelamos a que todos os cidadãos se mobilizem, organizem e tomem nas suas mãos, em todo o lado, a defesa do direito à saúde. Estando iniciadas as celebrações do 50º aniversário do 25 de Abril, saibamos levantar a bandeira do SNS como uma das maiores conquistas democráticas.

Convocamos por tudo isto uma grande manifestação cidadã pelo reforço do SNS e pela garantia dos cuidados de saúde, em data a definir em assembleia do movimento.

O SNS não deixa ninguém para trás. Ninguém pode deixar para trás o SNS.

O POVO MERECE MAIS SNS!

Subscreva o nosso Manifesto aqui

PAGAMENTO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS

O Govêrno prefere pagar circunstancialmente do que estabelecer carreiras e vencimentos por acordo

O valor pago em horas extra aos médicos pelo trabalho realizado em serviços de urgência foi de 108 milhões de euros em 2022, segundo dados provisórios avançados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). "Dos dados que já dispomos neste momento, o volume de horas de trabalho suplementar que foi contratualizado ao abrigo do decreto-lei n.º 50-A/2022 excedeu aquilo que era o trabalho suplementar realizado entre julho de 2019 e dezembro de 2019" que totalizou 74 milhões de euros, disse o vogal da ACSS Tiago Gonçalves na Comissão de Saúde. (TSF/Lusa)

MAIS DE 1,6 MILHÕES NÃO TÊM MÉDICO DE FAMÍLIA. LISTA DE INSCRITOS ULTRAPASSA
O TOTAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM PORTUGAL

5 de Abril de 2023

O número de pessoas sem médico de família ultrapassou a fasquia dos 1,6 milhões, sendo que o pior cenário é registado na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1,1 milhões sem terem acesso. Todos os dias há inscrições para médicos de família, mas a verdade é que em março os números apontavam para quase 1,6 milhões de pessoas a descoberto, sendo que o total de inscritos, na ordem dos 10,6 milhões, ultrapassa, neste momento, o número oficial de população residente em Portugal. "A principal explicação para o agravamento da situação reside na falta de recursos humanos — ao pico de aposentações de 2022 e que se vai manter neste ano e pelo menos no próximo tem-se somado a incapacidade de atrair e reter uma parte substancial dos jovens que acabam a especialidade, nos últimos anos", lê-se no diário. Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a região onde se regista o maior número de pessoas inscritas sem médico de família, na ordem de 1,1 milhões de pessoas, seguindo-se Algarve e Alentejo. A região norte é a menos afetada, com 'apenas' 2,7% dos inscritos nesta situação. O número de inscritos, em março, "estava já perto dos 10,6 milhões, bem acima do número oficial de residentes em Portugal. Porque é que isto acontece? Por um lado, porque chegam novos imigrantes a Portugal e, por outro, porque os ficheiros não são atualizados com a periodicidade devida. (Sapo)

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DEMONSTRAÇÃO PELA SAÚDE PÚBLICA | SARAGOÇA 18 DE MARÇO

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MANIFESTAÇÃO 26M EM MADRID: COMUNICADO DE IMPRENSA

Associações profissionais, de bairro, científicas, de usuários, sindicatos e plataformas profissionais de saúde, entre as quais a Associação para a Defesa da Saúde Pública de Madri, se mobilizam para defender o sistema público de saúde de Madri

– A manifestação marcada para o próximo sábado, 26 de março, às doze horas da manhã, partirá da Plaza de España para Atocha.


– Exigem um compromisso claro com a Atenção Primária, dotando-a de financiamento e recursos, mantendo em funcionamento todos os Serviços de Emergência Extra-Hospitalares, acabando com as privatizações e terceirizações encobertas, e reforçando a rede esgotada e sobrecarregada de centros de saúde mental com profissionais suficientes, entre outras coisas .pedidos.

Madrid a 21 de março de 2023. Diferentes entidades sociais, profissionais de saúde e organizações sindicais voltam a apelar à mobilização dos cidadãos a 26 de março sob o lema " Por uma saúde pública, universal e de qualidade em Madrid", a manifestação terá início às doze de da manhã na Plaza de España e termina nas proximidades da estação Puerta de Atocha.

Tal mobilização surge após as contínuas políticas de cortes e promessas não cumpridas realizadas nestes anos pelo governo regional, que tem colocado o interesse econômico à frente, privilegiando claramente o setor privado, para preservar e fortalecer o sistema público de saúde.

Perante este panorama, as organizações organizadoras, após a manifestação realizada a 22 de outubro, voltaram a sair às ruas para defender a saúde pública de Madrid.

Falta de recursos e privatizações encobertas

Eles denunciam mais uma vez a falta de meios que continua afetando o correto atendimento e a saúde dos pacientes, além da sobrecarga de trabalho que os profissionais de saúde têm que suportar, o que gerou uma onda de indignação cidadã e mobilizações constantes nos últimos meses.

Por isso, pedem ao Ministério da Saúde que aposte na gestão direta dos recursos, evitando a duplicação de organismos, que só fazem aumentar as despesas sem reforçar o sistema público de saúde, subfinanciado há décadas.

Assim, exigem um claro compromisso com a melhoria da saúde pública de Madrid, dotando-a de recursos e meios, o fim das privatizações e terceirizações de serviços e a melhoria das condições de trabalho do pessoal, pondo fim aos emprego temporário.

Solicitam, ainda, que todos os Serviços de Emergência Extra-Hospitalar (ex-Serviços de Emergência da Atenção Básica (SUAPs), Serviços de Atendimento Rural (SAR) e Unidades de Atenção Domiciliar (UAD)) sejam mantidos em funcionamento e com o quadro de pessoal necessário, além de a rede esgotada e sobrecarregada de centros de saúde mental seja reforçada com profissionais suficientes (psicologia, enfermagem, psiquiatria, serviço social, terapia ocupacional, educação social, etc.) e que o número de leitos hospitalares seja aumentado significativamente, entre outras questões contidas em seu manifesto.

Por último, as pessoas ou grupos que desejem apoiar estas reivindicações podem fazê-lo através da ficha de adesão criada para o efeito, à qual se pode aceder através deste link: https://forms.gle/BWaX52nbEwnRnV277 . Você também pode ajudar a divulgar a manifestação compartilhando o cartaz e o folheto, bem como usando as seguintes hashtags se for feito nas redes sociais:

#MuevetePorLaSanidadPublica26mar

#SalvemosLaSanidadPublicaMadrid26mar

#IDefendSanidadPublica26mar

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CARLOS CORTES: “CONCENTRAR TUDO NO SERVIÇO DE URGÊNCIA É UM ERRO ENORME.
É A DESTRUIÇÃO DO SNS!”

A ideia do modelo de ULS é termos um sistema de integração vertical que ligue o hospital com os cuidados de saúde primários. Ora, não é isso o que acontece. Este modelo está concentrado no hospital, desvalorizando os cuidados de saúde primários, critica o Bastonário Enquanto Bastonário, “vou fazer questão de criar uma agenda capaz de responder aos problemas do país”, diz Carlos Cortes. “Percebo que seja muito mais fácil reagir imediatamente a cada constrangimento, como a tutela está a fazer, mas a solução não deve ser essa. Precisamos de uma solução de fundo. Parece que os políticos não conseguem ver para além de um período eleitoral… Só olham para dentro do seu mandato, mas as doenças não têm a duração de uma legislatura”. Este refere que “Estou absolutamente convencido de que não podemos continuar a resolver os problemas do SNS com um penso rápido e que os problemas só são 

tratados por uma questão de agenda de opinião pública. Aquilo que se estava à espera do Ministério da Saúde – e que era pedido por todos os stakeholders – era o início de uma reforma de fundo. Lamento dizê-lo, mas não há um problema das maternidades, não há um problema dos serviços de urgência de pediatria, não há um problema do serviço de urgência geral… há, sim, um problema do Serviço Nacional de Saúde. Temos atrasos nas primeiras consultas, temos listas de espera enormes nas especialidades cirúrgicas, temos falta de médicos de família… Portanto, temos um problema de fundo que precisa de ser resolvido. Infelizmente, aquilo que constato é uma enorme inabilidade na gestão da resposta que tem que ser dada ao SNS. Não é uma resposta de penso rápido que vai resolver os problemas…”. Poderá consultar a entrevista na íntegra aqui. (Lusa)

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HOMENAGEM A LEÇA DA VEIGA

31 de Março de 2023

No decorrer das V Jornadas Regionais Temáticas de Infeciologia, presididas por José Poças, foi prestada homenagem ao médico Carlos Leça da Veiga, que dedicou a sua vida à especialidade de infeciologia e que é o introdutor em Portugal da problemática da infeção nosocomial. "Leça da Veiga é um homem de uma cultura extraordinária, (…) coerente nos princípios que defende, um homem que se tem batido pelos princípios da integridade da profissão e da sociedade" conforme foi referido por colegas.

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"UMA CAMINHADA CONJUNTA"

31 de Março de 2023

Num encontro no Hospital de São José, Carlos Cortes lembrou o papel dos médicos na construção do passado, presente e futuro do sistema de saúde e garantiu que estará sempre na linha da frente da defesa de uma formação de qualidade e da humanização. Frisou ainda que a atualidade é uma oportunidade de uma mudança que tem que ser feita por todos, com valorização da liderança clínica naquilo que definiu como “uma caminhada conjunta”.

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MELHORAR A COMUNICAÇÃO MÉDICO/DOENTE

31 de Março de 2023

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra está a desenvolver um estudo da viabilidade de um programa de formação para melhorar a comunicação médico-doente. O principal objetivo é desenvolver um programa de competências de comunicação entre médicos e doentes. Para isso, os investigadores estão a recolher informações prévias com a participação de médicos, especialistas e internos, de forma a perceber quais as principais áreas em que esse programa se deverá focar.

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É PRECISO “PUBLICAÇÃO URGENTE” DAS VAGAS PARA FIXAR MÉDICOS NO SNS

31 de Março de 2023

A Ordem dos Médicos manifestou ontem, através do seu bastonário, profunda preocupação face à incapacidade do Ministério da Saúde (MS) em contratar os recém-especialistas, formados este mês. Criticando a inação do MS, Carlos Cortes alerta que sem mapa de vagas não é possível garantir a permanência dos especialistas no serviço público e lembra que já em 2022 este processo de contratação foi desencadeado com mais de dois meses de atraso. O bastonário da Ordem dos Médicos deixou claro que esta é "uma situação intolerável", que não se pode repetir. No comunicado lê-se o alerta para a oportunidade de contratação que se pode perder se se repetirem esses atrasos: dos cerca de 1310 médicos candidatos que fizeram o exame final de especialidade em fevereiro/março, 355 são médicos de família, 159 internistas, 66 anestesiologistas, 28 ginecologistas/obstetras, 38 cirurgiões gerais, 22 médicos de Saúde Pública, 33 pneumologistas, 72 pediatras, 16 infeciologistas e 48 psiquiatras, entre outras especialidades. “É urgente contratar estes médicos que fazem falta no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. A Ordem dos Médicos tem conhecimento que as unidades privadas de saúde já estão a convidar e a preparar processos de recrutamento e, “enquanto isso, o SNS continua a definhar à espera das vagas, sem nenhuma capacidade competitiva”, acentua, lembrando que, durante este período, os médicos já especialistas permanecem no SNS mas com contrato como médicos internos. Esta é uma situação que considera “verdadeiramente imoral”. Carlos Cortes exorta assim o Ministério da Saúde à “ação urgente e consequente” e a não se ficar pelas palavras e promessas de forma a fixar estes especialistas no SNS o mais rapidamente possível.

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PADRÃO IMPREVISÍVEL DO VÍRUS TORNA INCERTA EVOLUÇÃO DA PANDEMIA, SEGUNDO A OMS

30 de Março de 2023

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a evolução da pandemia da covid-19 ainda é uma incerteza, alegando que o coronavírus SARS-CoV-2 continua a evoluir sem demonstrar um "padrão previsível". “Por um lado, estamos agora numa situação muito melhor, mas, por outro, não podemos prever com certeza absoluta como esta pandemia vai evoluir, com a exceção de que este vírus está para ficar”, adiantou responsável técnica da OMS. Segundo Maria Van Kerkhove, a nível global verifica-se uma elevada circulação do coronavírus SARS-CoV-2, apesar de o impacto ser menor do que nos primeiros anos da pandemia ao nível dos internamentos, dos cuidados intensivos e dos óbitos. Apesar dessa redução do impacto, a “ameaça não acabou”, alertou a especialista da OMS, ao salientar que ainda se regista entre 5.000 e 10.000 mortos por semana no mundo, a grande maioria pessoas mais idosas não vacinadas ou com a vacinação incompleta. “Uma das grandes incertezas que enfrentamos é o vírus em si mesmo, que não estabilizou num padrão previsível e continua a evoluir”, referiu Maria Van Kerkhove, ao recordar que a Ómicron é a variante de preocupação que continua predominante a nível global, com mais de 600 sublinhagens em circulação. A responsável técnica da organização para a pandemia reconheceu também que se vai “continuar a ver ondas de infeções”, mas salientou que os picos não deverão ser tão elevados com os anteriores, devido ao nível de imunização da população mundial. “Uma das coisas com que estamos muito preocupados é o potencial do vírus para mudar e ficar, não apenas mais transmissível, mas mais severo”, referiu a epidemiologista, adiantando que a OMS está a monitorizar a variante XBB.1.1.6, que tem uma mutação adicional na proteína `spike´ que, segundo estudos laboratoriais, poderá aumentar a infectividade. Segundo adiantou, a XBB.1.1.6 está em circulação há alguns meses e a maioria das sequências analisadas é proveniente da Índia.

PROFISSIONAIS DO SNS INSATISFEITOS COM A GESTÃO DAS UNIDADES DE SAÚDE

27 de Março de 2023

Os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde sentem-se apoiados pelas suas equipas e chefias diretas, mas estão insatisfeitos com a gestão das unidades de saúde e com os recursos para desempenhar bem as respetivas funções, revela um estudo. Segundo os resultados de um inquérito distribuído aos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), “é notório que os trabalhadores se sentem integrados e apoiados, quer pelas suas chefias diretas, como pelas suas equipas de uma forma global”. Foram 75% os trabalhadores que responderam que sabem o que é esperado que façam no seu trabalho e 70% sentem-se tratados com respeito pelos colegas, revelou a APAH (Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares), sublinhando que estes foram os temas com melhor desempenho do barómetro, “o que indica claramente uma identificação dos respondentes com as equipas em que se integram”. No entanto, apenas 34% dos que responderam ao inquérito consideram que têm tempo e os recursos necessários para desempenhar bem a sua função, tendo sido a dimensão sobre os recursos a que, agregadamente, apresenta a avaliação mais negativa por parte dos trabalhadores. Também baixos são os resultados sobre a gestão das respetivas unidades de saúde e a forma como as instituições valorizam o seu trabalho, com 56% dos inquiridos a fazer “uma avaliação negativa sobre a forma como os diferentes gestores das diversas instituições de saúde percecionam a atividade das organizações”. Apenas 20% dos trabalhadores consideram que conseguem influenciar a forma como as coisas são feitas nas suas instituições e apenas 18% sentem que o seu ponto de vista é ouvido. Quatro em cada cinco trabalhadores (80%) têm uma opinião desfavorável ou neutra sobre a forma como a sua instituição “celebra os sucessos dos trabalhadores”. O barómetro recolheu ainda mais de cinco mil sugestões de melhoria, a maior parte a pedir mais formação, desenvolvimento profissional e de competências, mas também a realçar a necessidade de melhorias ao nível da gestão. Segundo a APAH, os resultados deste barómetro “poderão servir de base à implementação de uma nova estratégia de gestão de recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde, no sentido de promover uma melhoria da cultura organizacional”, já que esta é importante para a qualidade e segurança dos cuidados prestados. (Health News/Lusa)

MÉDICOS DEVEM SER PARTE DA SOLUÇÃO

25 de Marça de 2023

No salão nobre da OM no Porto, perante muitas dezenas de colegas, o bastonário da OM, Carlos Cortes, convidou todos os médicos, incluindo os que assumiram nesse dia funções em órgãos consultivos regionais, a honrando um nobre legado, assumirem a responsabilidade de procurarem ser parte da solução. "Não deixarei de ser interventivo e de me incomodar com as injustiças, nem de me incomodar com um SNS em degradação. Mas vou querer trabalhar muito convosco para encontrar soluções e propostas", afirmou.

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CELERIDADE E EFICÁCIA EM DEFESA DA QUALIDADE

25 de Março de 2023

Em diversas reuniões que tem mantido, o bastonário da OM fez questão de, em primeiro, ouvir os colegas para, em seguida, partilhar algumas preocupações perante a entropia que se verifica, por exemplo, nos processos de aprovação de programas de formação. Carlos Cortes quer celeridade e eficácia de todas as estruturas envolvidas (OM e MS) e deixou o compromisso de pugnar pela qualidade da medicina e pelo respeito por todos os médicos.

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MONUMENTO AOS MÉDICOS E OUTROS PROFISSIONAISARTICLE HEADLINE

25 de Março de 2023

Lisboa viu nascer um novo espaço de homenagem aos profissionais que combateram a pandemia, com especial destaque para médicos e enfermeiros, mas sem esquecer as forças de segurança e todos os outros profissionais que garantiram acesso a bens essenciais. Uma obra em calçada portuguesa que representa o sacrifício pessoal e familiar dos profissionais e a entrega ao próximo, inaugurada no passado sábado pelo presidente da CML e pelo bastonário da OM, Carlos Cortes, entre outros.

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CRISE DOS PROFISSIONAIS DE SAUDE EM TODA A EUROPA

23 de Março de 2023

As más condições laborais e salariais, o cansaço e o stress geraram uma crise nos profissionais de saúde da Europa, que é urgente enfrentar, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). (Lusa)

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TRANSIÇÃO DIGITAL NA SAÚDE-PROCESSO CLÌNICO DIGITAL ÚNICO

23 de Março de 2023

 Foi entregue ao Sr Eng Carapuça,membro da Comissão de Acompanhamento do PRR,um parecer por ele solicitado,relativo ao Registo Eléctrónico de Saúde.O parecer é subscrito por todas as associações da Plataforma Reforçar o SNS.

O documento pode ser consultado na secção "Documentos".

CANCRO DA PRÓSTATA

21 de Março de 2023

58% dos doentes com cancro da próstata sentem que lhes falta informação geral sobre a doença e cerca de 45% afirmam que lhes falta informação sobre as opções terapêuticas. As conclusões são de um questionário da Associação Portuguesa de Urologia (APU) e da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP).“O questionário demonstrou que cerca de 50% dos doentes passam meses sem falar ou nunca falam sobre a doença com os seus familiares. É fundamental que a família incentive o diálogo em todas as fases da jornada de luta contra a doença e esteja ao lado do doente ao longo do processo”, reforça Joaquim Domingos, presidente da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP) e sobrevivente de cancro da próstata. (Sapo Saúde)

17 de Março de 2023

Veja o artigo completo aqui

EXTINÇÃO DAS ARSS

16 de Março de 2023

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) admitiu que as Administrações Regionais de Saúde (ARS) deverão ser extintas até final do ano, num processo que espera que decorra “com tranquilidade”. À medida que as suas funções operacionais forem transferidas para as Unidades Locais de Saúde (ULS) e as funções de planeamento e organização passem para a Direção Executiva, as ARS “tenderão realmente a ser extintas, com tranquilidade e organização, sem vazios”, disse Fernando Araújo. Fernando Araújo disse que o objetivo é “retirar níveis administrativos ao sistema”, assumindo que serão necessárias alterações legislativas ao nível dos diplomas das várias instituições, mas garantiu que os profissionais que trabalham nas ARS serão mantidos. “Serão integrados naturalmente numa instituição ou noutra e tenderão até a ser valorizados do ponto de vista das funções”, afirmou. (Lusa/Health News)

VALIDADE DAS RECEITAS

16 de Março de 2023

O prazo das receitas e das prescrições de exames vai ser alargado para 12 meses, anunciou o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), explicando que desta forma se pretende reduzir as tarefas burocráticas dos médicos. “Estamos a trabalhar para que, dentro de muito pouco tempo, as receitas médicas e todas as prescrições de meios complementares de diagnóstico e terapêutica tenham a validade de 12 meses, ao invés de seis meses, ou até tempos mais curtos, dependendo do tipo de prescrição que é feita”, afirmou. “Estamos a falar de 600 a 700 mil contactos por ano (…). O tempo ocupado pelos médicos de médicos a fazer estes atestados (…) podia ser usado para consultas”, explicou o responsável, dizendo que esta medida terá “um enorme impacto”. (Lusa/Health News)

ESPERANÇA DE VIDA

16 de Março de 2023

A esperança de vida à nascença na União Europeia (UE) recuou novamente em 2021, para os 80,1 anos, estimando o Eurostat que ainda por causa do súbito aumento da mortalidade provocado pela pandemia da covid-19. (Lusa)

DISPONIBILIDADE DE DADOS

17 de Março de 2023

O presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, João Raposo alertou para a urgência de clarificar o acesso a dados de saúde no âmbito do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), sublinhando que a falta de acesso impede o conhecimento da realidade. “É urgente clarificar”, alertou o responsável, sublinhando: “Os dados são tratados de forma anónima e em grandes grupos. O Observatório não publica análises de dados individuais, não tem nem nunca teve acesso a tal”. João Raposo lembrou que, para se conhecer a realidade e desenhar políticas públicas acertadas para resolver os problemas detetados, é essencial ter esta informação e recorda as diferentes interpretações que as instituições têm feito do acesso a dados de saúde no âmbito do RGPD. (Lusa)

CARLOS CORTES TOMOU POSSE COMO BASTONÁRIO DA OM

17 de Março de 2023

"Os desafios que enfrentamos como sociedade são imensos", razão pela qual o bastonário Carlos Cortes declarou no seu discurso de tomada de posse a intenção de ser "incansável na defesa da dignificação e respeito pela profissão médica", assim como "intransigente a defender a qualidade da Saúde e os nossos doentes". Depois de elencar alguns desses desafios que devemos vencer para que possamos ter uma saúde que valorize o papel indispensável dos cuidados de saúde primários, da prevenção da doença, da promoção e da literacia em saúde, Carlos Cortes frisou a crença de que "juntos podemos superar estes desafios". E porque "há quem ponha em causa", a legítima "ambição em termos uma melhor saúde, em defendermos os doentes e melhores cuidados de saúde", o dirigente máximo da OM, Carlos Cortes, fez questão de garantir a todos que nenhuma interferência "conseguirá silenciar os médicos, nem a intervenção da Ordem dos Médicos na defesa da qualidade técnica da Medicina". Decidido a definir um futuro em que os caminhos possam ser de diálogo e solução, Carlos Cortes, transmitiu, naquela que foi a sua primeira intervenção oficial como bastonário da Ordem dos Médicos, "uma ideia de esperança na qual o trabalho, a dedicação e o diálogo estarão sempre presentes". "Acredito na nossa capacidade coletiva, como médicas e médicos, em contribuirmos para uma sociedade mais justa e igualitária, mais desenvolvida e mais humanizada. (...) Muito obrigado por também acreditarem comigo."

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NOVO BASTONÁRIO FAZ “BALANÇO PREOCUPANTE” DA SAÚDE E CRITICA “NAVEGAÇÃO À VISTA” NO SNS

O novo bastonário da Ordem dos Médicos fez um “balanço preocupante” da saúde em Portugal, com a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) assente numas urgências “em dificuldades” e com uma gestão de “navegação à vista”. “O SNS afunda-se sob um sistema que assenta grande parte da sua resposta num serviço de urgência hospitalar em dificuldades, desvalorizando o papel indispensável dos cuidados de saúde primários, da prevenção da doença, da promoção e da literacia em saúde”, afirmou Carlos Cortes na sua tomada de posse. Na sua intervenção, salientou que a realidade do setor da saúde evidencia um “balanço preocupante”, em que as “intervenções eufémicas repetidas já não conseguem esconder o que está aos olhos de todos, sobretudo dos médicos e dos doentes”. O novo bastonário, citou dados que colocam Portugal, no âmbito da OCDE, “destacadíssimo no primeiro lugar” na utilização das urgências hospitalares. “Cada vez mais, a necessidade de ter cuidados de saúde em Portugal – independentemente da sua gravidade e natureza – afunila nos serviços de urgência abertos 24 horas por dia, por falta de alternativas viáveis”, alertou o patologista clínico, para quem “nenhum país do mundo resiste a este grau de `urgencialização´ de todo o sistema de saúde”. Segundo disse, as listas de espera para cirurgia e consultas “crescem exponencialmente na medida do tempo”, por insuficiência de recursos humanos, mas também por falta de salas de bloco operatório ou de gabinetes de consulta. “Não existe nenhum levantamento das necessidades e insuficiências que permita um verdadeiro planeamento económico, estratégico e de recursos humanos. Mantém-se, na gestão em saúde, o princípio arcaico da navegação à vista, sem qualquer perspetiva de médio ou longo prazo, ou sequer além de um mandato eleitoral”, lamentou o bastonário dos médicos. Já sobre a carreira e as condições de trabalho dos médicos, Carlos Cortes referiu ser “impossível de ignorar as dificuldades” sentidas por esses profissionais, que estão ainda sujeitos a uma “remuneração incompatível com o seu elevado grau” de diferenciação e responsabilidade. Este impacto é ainda sentido na “falta de condições de trabalho adequadas nos hospitais e nos centros de saúde, elementos desmotivadores que cursam com a dificuldade de captação e fixação dos recursos humanos médicos necessários ao funcionamento do SNS”, salientou. (Health News/Lusa)

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DIABETES E INSUFICIÊNCIA RENAL

10 de Março de 2023

A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alertou para o facto de cerca de 30% dos novos casos de diálise serem causados pela diabetes.  “A diabetes é uma doença que está na origem de muitas outras patologias, como é o caso da doença renal crónica. Os rins são afetados pelo nível elevado de açúcar no sangue, havendo gradualmente uma redução do seu funcionamento.”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP. Para o responsável, “é crucial haver um diagnóstico precoce, logo nas primeiras fases da doença renal, antes de esta chegar às suas formas mais graves”. (PR/HN/VC)

HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA

10 de Março de 2023

De acordo com os dados, os programas de Hospitalização Domiciliária do Serviço Nacional de Saúde (SNS) abrangeram 8.932 doentes no ano passado, mais 20,4% face a 2021, perfazendo 87.747 dias de internamento domiciliário, mais 24,9%, sendo o tempo médio de internamento dos doentes de 9,9 dias. O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, adiantou que foram utilizadas 339 camas no domicílio em 2022, mais 29 do que em 2021, o que corresponde “a um hospital de média dimensão”. “É como se tivéssemos construído mais um hospital no SNS”, disse, explicando que as 339 camas estão distribuídas por 36 hospitais e centros hospitalares do país. (Lusa/Health News)

OBESIDADE E MEDICAMENTOS

9 de Março de 2023

A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) e a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) apelam a um acesso equitativo a terapêuticas que ajudem a combater a obesidade, já que os medicamentos são caros e não são comparticipados. Estima-se que em Portugal 67,6% da população sofra de obesidade ou pré-obesidade. Segundo José Silva Nunes, presidente da SPEO é preciso “criar um grupo farmacoterapêutico de tratamento da obesidade” que inclua os três medicamentos que existem em Portugal para o efeito: orlistato (Xenical), Saxenda e Mysimba. Esta etapa é essencial para que depois se proceda à sua comparticipação, evitando que os obesos tenham de gastar entre “50 e 200 euros por mês” na farmácia para os adquirir. “Em vez de se atuar apenas no fim da linha, quando os doentes apresentam complicações como diabetes ou hipertensão, o sistema tem de se concentrar em promover a saúde, em garantir o acesso equitativo a ações de diagnóstico e de monitorização e à medicação, em particular numa fase em que já existem e continuam a surgir opções terapêuticas com resultados muito interessantes”, refere João Jácome de Castro, presidente da SPEDM. (Jornal de Notícias)

POLUIÇÃO AMBIENTAL

9 de Março de 2023

Quase toda a população mundial está exposta a partículas finas em suspensão no ambiente (PM2.5) acima dos limites considerados de segurança, indica um estudo global sobre poluição ambiental divulgado. Da responsabilidade da Universidade de Monash, Austrália, e publicado na revista "Lancet Planetary Health", o estudo, o primeiro mundial sobre poluição atmosférica diária, mostrou que quase nenhum lugar do mundo é seguro nesta matéria e que apenas 0,001% da população mundial está exposta aos níveis de poluição por PM2.5 abaixo dos limites da Organização Mundial de Saúde (OMS). Acima desse patamar seguro a OMS considera haver perigo para a saúde. No planeta, segundo as conclusões da investigação, só 0,18% da área terrestre está exposta a PM2.5 abaixo dos níveis de segurança recomendados pela OMS. As partículas em suspensão são partículas poluentes inaláveis inferiores a 2,5 micrómetros constituídas por partículas sólidas e gotículas, que entram nos pulmões e na corrente sanguínea, sendo umas emitidas diretamente e outras formadas quando os poluentes reagem na atmosfera, explica a Agência Europeia do Ambiente, segundo a qual as PM2.5 estão associadas a doenças e mortes causadas por doenças cardíacas e pulmonares. De acordo com o estudo, os níveis diários de partículas finas diminuíram nas últimas duas décadas, até 2019, na Europa e na América do Norte, mas aumentaram no sul da Ásia, na Austrália, na Nova Zelândia, e na América Latina e Caraíbas, com mais de 70% dos dias, em termos globais, a apresentarem níveis de PM2.5 acima do considerado seguro. Os autores do estudo salientaram que faltam estações de monitorização da poluição do ar a nível mundial, o que leva a falta de dados, uma lacuna que o estudo procurou colmatar. A equipa de investigação, liderada por Yuming Guo, da Escola de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade de Monash, Melbourne, usou observações tradicionais mas também detetores por satélite e métodos estatísticos. Com base nessa nova abordagem, de múltiplas informações meteorológicas e geológicas, foi possível concluir que apesar de um ligeiro decréscimo nos dias expostos a elevadas concentrações de PM2.5, em 2019 mais de 70% dos dias apresentaram concentrações de partículas finas acima dos valores recomendados pela OMS. A diretiva da 2021 da OMS recomenda como limites de concentração média anual de 5 µg/m3 -- microgramas por metro cúbico - , e média de 24 horas de 15 µg/m3). Pode consultar o artigo aqui. (Lusa)

METADADOS E PRIVACIDADE NA SAÚDE

9 de Março de 2023

Investigadores da Fraunhofer AICOS coordenam um projeto que, financiado em sete milhões de euros, visa colmatar as “lacunas existentes” ao nível da privacidade, segurança e representatividade dos dados recolhidos pelos sistemas de inteligência artificial usados na área da saúde. O projeto, intitulado AISym4MED, pretende resolver “limitações” da inteligência artificial em bases de dados clínicas relacionadas com “a falta de confidencialidade, privacidade e representatividade”, revelou hoje o investigador David Belo. “As bases de dados em saúde têm grandes problemas ao nível da privacidade e da segurança, mas também lhes falta representatividade e dados patológicos”, afirmou o coordenador do projeto, acrescentando ser por isso fundamental “parar de brincar com a inteligência artificial” e usá-la para “criar algo sério”. (Lusa)

OBESIDADE E DIABETES

8 de Março de 2023

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para o facto de as pessoas com obesidade estarem 80 vezes mais em risco de desenvolverem diabetes tipo 2, reforçando a necessidade do aumento da capacidade de resposta e da comparticipação dos tratamentos. “Se conseguíssemos intervir antes de estas pessoas desenvolverem diabetes, poderíamos prevenir problemas de saúde significativos, como doenças cardíacas, doença renal crónica, neuropatia e retinopatia diabética, entre outros problemas, num grande número de pessoas.” No entanto, “o tratamento desta doença fica ainda muito aquém das necessidades atuais, havendo um grande caminho a percorrer. Além de as terapêuticas farmacológicas não terem comparticipação para a obesidade, também a inexistência de consultas multidisciplinares representa um entrave para o tratamento de pessoas sem poder monetário, o que trará consequências para os próprios, mas também para o SNS e o país”, explica a Carolina Neves, médica endocrinologista da APDP. (PR/HN/RA)

DIFERENÇAS DE PATOLOGIA CONFORME O SEXO

7 de Março de 2023

Um estudo espanhol conclui que 70% das mulheres acreditam que a perspetiva de género deve ser incluída na saúde para cuidados eficazes e, sendo o sexo decisivo na maioria das patologias, destaca como necessários diagnósticos e tratamentos diferenciados. Ainda se destaca que a perceção de que a perspetiva de género deve ser aplicada na saúde confirma a literatura científica publicada desde 2020, com mais de 5.000 estudos que reconhecem o sexo como determinante na maioria das patologias. Assim sendo, preconiza-se uma abordagem terapêutica específica na prevenção, cuidado e tratamento da mulher. Poderá consultar o relatório na íntegra aqui. (Lusa)

PREÇO DOS ALIMENTOS FRESCOS E OBESIDADE

6 de Março de 2023

Preço dos alimentos e pandemia podem inverter "alguma conquista" de Portugal no combate à obesidade. A bastonária da Ordem dos Nutricionistas (ON) avisou que o aumento do preço do cabaz alimentar aliado à pandemia pode inverter “alguma conquista” que Portugal tenha alcançado no combate à obesidade. (Lusa)

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January 1, 2025

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CANCRO DA MAMA

3 de Março de 2023

Investigador do instituto da Universidade do Porto introduziu na mosca da fruta um "gene humano envolvido no cancro da mama" e identificou as "moléculas chave" responsáveis pela progressão de lesões benignas para malignas. "Todas as mulheres diagnosticadas com lesões da mama não cancerígenas recebem tratamento farmacológico com fortes efeitos secundários, porque atualmente os médicos não conseguem prever que tumores não cancerígenos irão ou não progredir para uma doença maligna". Segundo o instituto, existe "uma clara necessidade de definir novos testes capazes de identificar as mulheres que irão beneficiar do tratamento e excluir as que não necessitam de passar por tratamentos desnecessários e nocivos". Poderá consultar o estudo na íntegra aqui. (Lusa)

PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

4 de Março de 2023

A Associação Portuguesa de Fertilidade (AP Fertilidade) manifestou-se contra o facto de estar atrasada a abertura do Centro do Algarve, o que obriga os casais a deslocar-se centenas de quilómetros para terem consultas com esse objectivo.

GRELHA SALARIAL DOS MÉDICOS

4 de Março de 2023

A Federação Nacional dos Médicos reuniu em 15.02.2023 com o Ministro da Saúde, sendo o objecto principal da reunião as grelhas salariais dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A porta-voz da NNAM, Joana Bordalo e Sá, fez declarações no final considerando inaceitável a proposta do Ministro. Considera que a proposta de haver uma compensação aumentando o pagamento das horas suplementares não resolve o problema. Os médicos, para estarem fixados ao quadro do SNS de forma atrativa têm que ter uma grelha salarial estabelecida e carreiras a funcionar que os recompensa da responsabilidade e do esforço do trabalho que executam (Lusa).


Deste modo mantém-se a convocatória e o pré-aviso de greve para 8 de Março.

ENCERRAMENTO DAS URGÊNCIAS DE PEDOPSIQUIATRIA DO HOSPITAL DONA ESTEFÂNIA

4 de Março de 2023

A Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental afirmou que encerramento das urgências de pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia permite melhorar as respostas programadas, admitindo que a adaptação ao novo modelo “demore algum tempo”. “Esta reconfiguração teve como objetivo principal melhorar o acesso de crianças e adolescentes aos cuidados de saúde mental, tendo em conta os recursos humanos existentes nesta especialidade no momento presente”, justificam. (Lusa/Health News)

OBESIDADE MUNDIAL

3 de Março de 2023

Federação de obesidade estima que, em 12 anos, 51% da população mundial terá excesso de peso. Relatório estima que 3% do PIB mundial será o impacto económico desta epidemia. Ainda se revela que em 2035 a obesidade pode atingir mais do dobro da população infantil face a 2020, um aumento mais rápido do que o esperado, maior entre as meninas do que entre os rapazes. Nos países de baixos rendimentos, que são nove em cada dez países do mundo onde se espera o maior aumento — estima-se um maior crescimento da prevalência da obesidade seja ainda mais rápido, localizados na Ásia ou na África. (Lusa)

DECRETO-LEI SOBRE REMUNERAÇÃO DE HORAS SUPLEMENTARES

2 de Março de 2023

Os sindicatos representativos dos médicos alertaram que não é o pagamento de horas extras que vai fixar ou atrair médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas sim “salários base dignos” e “jornadas de trabalho adequadas”. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) comentavam que o novo regime remuneratório do trabalho suplementar que reduz para 75% o valor pago aos médicos que façam horas extraordinárias nas urgências diurnas e internas dos hospitais, mas mantém os montantes para os serviços e períodos mais carenciados. Ressalvando não conhecer o diploma, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, afirmou que o importante não é discutir o valor das horas extras, mas “salários base dignos, com jornadas de trabalho adequadas”, porque só isso vai motivar e cativar os médicos a ficarem ou a voltarem ao SNS. “Os médicos continuam exaustos, continuam a sair todos os dias do Serviço Nacional de Saúde. Continuamos com imensos doentes sem médico de família e as urgências hospitalares poderão efetivamente ficar também com carência de médicos, tendo em conta este tipo de medidas que são apenas pensos rápidos e não medidas estruturais que é o que se impõe e o que é necessário para o Serviço Nacional de Saúde pela parte dos médicos”, sustentou. Esta posição é partilhada pelo secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, que reafirmou que a questão da fixação de médicos no SNS tem fundamentalmente a ver com a negociação que está a ser feita sobre uma nova grelha salarial e melhoria de condições de trabalho no SNS em termos de equipamentos e de instalações. O dirigente sindical disse estar a aguardar a publicação do diploma em Diário da República, mas referiu que em relação à proposta feita há cerca de duas semanas se verifica “uma melhoria efetiva“. (Lusa)

APOSENTAÇÕES

2 de Março de 2023

Cerca de um em cada quatro médicos tem mais de 65 anos, um envelhecimento da classe que resultará numa vaga de cerca de 5.000 aposentações até 2030 , “A presente década de 2020–2030 será marcada por um elevado volume de aposentações de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Prevê-se neste período a aposentação de cerca de cinco mil médicos, a que acresce a aposentação de médicos que trabalhem exclusivamente no setor privado”, refere o documento dos investigadores Pedro Pita Barros e Eduardo Costa. Poderá consultar o documento na íntegra aqui. (Lusa/Health News)

POSIÇÃO DO MINISTRO DA SAUDE SOBRE AS NECESSIDADES DE PEDO-PSIQUIATRIA

2 de Março de 2023

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reconheceu que há um défice de pedopsiquiatras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em relação às necessidades, estimando que seriam necessários cerca de 200 especialistas e existem 132. Manuel Pizarro assegurou que estão a trabalhar para alargar o atendimento às questões de saúde mental, mas esclareceu que estes problemas não são só tratados por especialistas em psiquiatria da infância e da adolescência. O ministro adiantou que estes especialistas “são necessários, felizmente, apenas para os casos mais graves e mais complexos, havendo “muitos outros casos que podem ser tratados pelos médicos de família, pelos psicólogos nos centros de saúde, que é preciso aumentar mais, e por outros profissionais de saúde. (Lusa/Health News)

INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ (IVG)

2 de Março de 2023

Perto de 30% dos hospitais públicos não asseguram a consulta de interrupção voluntária da gravidez (IVG), referenciando as mulheres para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde ou para unidades privadas, revelou o Inspetor-Geral das Atividades em Saúde. “Vamos investigar a fundo o que é que se passa com a resposta do Serviço Nacional de Saúde à interrupção da gravidez, vamos emitir recomendações quando se justificarem, para corrigir aspetos que possam não estar a ser postos em prática da melhor forma, e vamos responsabilizar alguém que esteja a incumprir as leis de uma forma que é sempre inaceitável”, declarou. (Lusa/Health News)

DIA MUNDIAL DO LINFEDEMA

Sessão "Linfedema e Vestuário Compressivo" | 06.03.2023

O Linfedema é uma patologia mal conhecida!
 

Nos países ocidentais a principal causa de LINFEDEMA está associada ao tratamento do cancro da mama!
É uma situação CRÓNICA, que não tem cura, mas que tem TRATAMENTO – Terapia Linfática Descongestiva - que se realiza no Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
No dia 6 de março, o serviço de Medicina Física e de Reabilitação deste Centro Hospitalar vai assinalar a data através de uma Exposição de Posters e Fotografias, no 2º piso do Hospital de Santa Maria, e de uma Sessão de esclarecimento – “Linfedema e vestuário compressivo”, na Associação Amigas do Peito às 15 horas.


Programa da Sessão: aqui


Dr.ª Fernanda Gabriel
Médica Fisiatra, coordenadora do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital de Santa Maria

ENFARTES DO MIOCÁRDIO

27 de Fevereiro de 2023

Em 2022 o INEM encaminhou para os hospitais 1566 enfartes do miocárdio. Este aumento de 73% em relação a 2021 é devido, pelo menos em parte a um novo sistema de alerta intitulado INEM Tool for emergency Alert Medical System (ITEAMS), o que permite uma intervenção mais rápida nesta situação aguda. (fonte Lusa)

Genéricos
O uso de medicamentos genéricos em vez dos de marca original, quando esta perde o brevet poupou 509 milhões de Euros ao Estado e às pessoas, na parte que constitui comparticipação própria, durante o ano de 2022. (fonte Lusa).

Partos naturais e cesarianas
No ano de 2021 houve em Portugal continental 75.468 partos. Dentro destes houve 37% de cesarianas e 321 óbitos fetais e neonatais. De destacar que nos serviços privados foram 65,9% de cesarianas, enquanto nos públicos foram 20,7%. O peso
desta percentagem nos estabelecimentos privados faz com os números portugueses
tenham má representação nas estatísticas europeias.

Exercício físico
Em 2016 a OCDE colocava Portugal na cauda dos países em termos de prática de exercício físico. Entre os adultos 45% não o praticavam. Pior do que a avaliação de todos os países dos 27 da União Europeia, que de qualquer modo são pouco praticantes – 35,7% dos adultos não têm actividade física suficiente. O melhor é a Finlândia.
Em 2022 o Euro barómetro indica que só 38% dos adultos da União Europeia faz exercício 1 vez por semana e 6% cinco vezes. Entre os adolescentes, os que praticam menos exercício físico estão na Itália, França e Portugal. Segundo o mesmo estudo a avaliação entre 2017 e 2022, com agravamento dos números, põe a hipótese de a
pandemia ter piorado a situação.

APRESENTAÇÃO PÚBLICA" MOVIMENTO LIFE - LIDERANÇA NO FEMININO NA SAÚDE"

2 DE MARÇO | 14H00 - 17H00 | CENTRO CULTURAL DE BELÉM

‘Movimento Life - Liderança no Feminino na Saúde’ quer ajudar a que mais mulheres ocupem lugares de topo na saúde


Lisboa, 22 de fevereiro de 2023 - Globalmente, existem 38% de mulheres em lugares de topo na Saúde, área em que 75% da força total de trabalho é feminina. Portugal é também o espelho desta realidade. É por isso que Faces de Eva: Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA FCSH) e a Roche apresentam, no próximo dia 2 de março, pelas 14h00, no Centro Cultural de Belém, Sala Luís de Freitas Branco, o Movimento Life - Liderança no Feminino na Saúde.

Reserva de presenças até 26 de fevereiro para o email: facesdeeva@fcsh.unl.pt 

No evento, aberto a toda a sociedade, será apresentada a iniciativa e ainda um estudo inédito sobre a realidade da liderança feminina no sector da saúde em Portugal. Haverá ainda espaço para reflexão sobre esta temática e apresentação de ideias práticas a implementar neste âmbito. 


O Movimento Life - Liderança no Feminino na Saúde pretende ser uma iniciativa contínua para conduzir a uma mudança de comportamentos e ações que contribuam para uma maior paridade na liderança no setor da Saúde. Além disso, pretende-se, com a mesma iniciativa, a médio e longo prazo, caminhar para uma sensibilização das desigualdades na saúde das mulheres, em prol de uma saúde melhor para todos.


Esta é uma iniciativa conjunta de Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA FCSH) e da Roche mas que agrega mais de 30 embaixadoras que quiseram juntar-se a este Movimento.


Programa completo abaixo. 

8 de Janeiro de 2023

UMA EM CADA 4 PESSOAS NÃO SEGUE INDICAÇÕES DE PRESCRIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS

8 de Janeiro de 2025

Um quarto dos inquiridos num estudo nacional sobre o uso de antibióticos não segue as indicações de prescrição e mais de sete em cada dez não conseguem identificar o que tomaram. De acordo com este estudo, feito pelo Grupo de Investigação e Desenvolvimento em Infeção e Sépsis (GIS-ID), com o apoio do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, apesar de ter melhorado o número dos confessaram não seguir a prescrição face aos valores de 2020 (1/3), ainda assim “é um fator de preocupação”. “Há um nível de falência dos tratamentos por causa disso”, disse o presidente do GIS-ID, João Gonçalves Pereira”, que alerta para a importância de as pessoas “se responsabilizarem pela sua saúde”. O responsável lembra que, “quando se começa o tratamento, os sintomas diminuem, mas sem resolver infeção e, se a pessoa interrompe o tratamento, isso facilita a recidiva da infeção e essa recidiva pode ser mais complicada, porque pode parecer sobre a forma de abcesso, implicando tratamento com medicação, mas também tratamento cirúrgico”. Além disso – sublinha – “mais importante do que a pessoa interromper precocemente é o problema de não cumprir o horário. Isto provoca uma exposição em concentrações subterapêuticas, o que facilita (…) o aparecimento de baterias, no limite, com resistências”. O estudo – semelhante ao realizado em 2020 – mostra que aumentou o valor (80%) dos que apenas tomam antibióticos quando prescritos pelo médico (era 66% em 2020). “Parece haver maior adesão ao conselho médico, mas há uma grande desresponsabilização das pessoas pela sua própria saúde”, sublinha o presidente do GIS-ID. O estudo, que pretendeu avaliar o estado atual do conhecimento dos portugueses em relação ao consumo de antibióticos e o potencial impacto destes comportamentos no problema da resistência aos antimicrobiano, mostra que 77% não consegue identificar o antibiótico que toma e nem sempre quem diz saber os identifica corretamente. Os dados revelam ainda que aumentou o número de pessoas que referem que a duração do tratamento é a informação mais importante ao ser-lhe prescrito um antibiótico (de 37% em 2020 para 52% em 2022). Sobre a importância de entregar os medicamentos que já não usa nas farmácias, apenas metade dos inquiridos disse que o faz. São principalmente as mulheres (30% vs. 20% dos homens).

(Lusa/Health News/ in Diário Farmacêutico de 30/01/23)

A SAÚDE NO REINO UNIDO

8 de Janeiro de 2025

No NHS em Inglaterra 7 milhões de pessoas esperam por tratamento. Num mês, 38.000 pessoas esperaram mais que 12 horas para a admissão numa cama hospitalar; em mês homólogo
de 2020 só esperavam 1000 pessoas. As mortes aumentaram em média 20% nos últimos 5 anos. Os médicos de Medicina Geral e Familiar (GP’s) encurtaram 42.000 equivalentes de tempo completo. “As pessoas que estão no Poder, hoje em dia aristocratas, parecem esquecer-se das estatísticas e estão ainda menos preocupadas com as vidas que estão a ser atingidas atrás de cada número”. Pode haver progressos técnicos nos
procedimentos, mas na linha da frente do Serviço de Saúde há a sensação do colapso do sistema. Esta situação afecta sobretudo os mais vulneráveis, sobretudo os idosos. Mas estão reduzidos a números, a estatísticas. E claro que prolongam o tempo de hospitalização. A crise do Serviço Nacional de Saúde (NHS) tem que incluir “Cuidados”. “Usando uma frase de Shakespeare “a relação amor-ódio entre a medicina e a aristocracia”, o que começa mal, acaba mal.


(British Medical Journal, Kamran Abbasi, editor chefe, 2023: 380:133)

INTERVENÇÃO DE AGUINALDO CABRAL, EM DEBATE, NO HOTEL ROMA, ORGANIZADO PELO PCP, SOBRE "A SAÚDE NA GRAVIDEZ, NO PARTO E NA INFÂNCIA - PAPEL DO SNS".

8 de Janeiro de 2025

Intervenção de Aguinaldo Cabral, em Debate, no Hotel Roma, organizado pelo PCP, sobre "A Saúde na Gravidez, no Parto e na Infância - Papel do SNS", com o título "A Criança como sujeito de direitos fundamentais. A importância de políticas progressistas para o Crescimento e o Desenvolvimento das Crianças e Jovens".

Para aceder ao documento clique  aqui

INSTITUTO CONTRA A DROGA E OUTRAS DEPENDÊNCIAS VOLTA A SER AUTÓNOMO

2 de Março de 2023

O Governo português está a planear reformular o modelo organizativo da área de comportamentos aditivos e dependências, retirando o tratamento da dependência do álcool e das drogas das administrações regionais de saúde. Essa mudança visa recriar uma instituição com autonomia e meios para responder ao uso problemático de drogas, ao mesmo tempo que procura garantir uma coexistência pacífica com os centros de saúde, hospitais e cuidados de saúde mental.

Em 2011, a extinção do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) fragmentou as competências e respostas na área de comportamentos aditivos e dependências, o que resultou numa degradação das respostas e retirada de muitos profissionais. Desde então, profissionais do setor reivindicaram repetidamente o regresso ao anterior modelo. O novo organismo, que poderá ser denominado Instituto das Adições (IA), irá abranger não apenas as dependências de drogas e álcool, mas também as dependências relacionadas ao jogo e aos ecrãs.

A proposta está a ser elaborada pelo coordenador nacional para os problemas relacionados com drogas, João Goulão, a pedido do Governo. Em Outubro de 2020, Pizarro defendeu a urgência de reverter a extinção do IDT e equiparou a extinção daquele organismo a "um erro que tarda em ser corrigido". Emídio Abrantes, médico e porta-voz do chamado "Grupo de Aveiro", que dinamizou a recolha de assinaturas entre os que reivindicam o regresso ao modelo antigo, diz-se expectante. Ele sustenta que a nova estrutura terá de ter assegurada uma "coexistência pacífica" com os centros de saúde, os hospitais e os cuidados de saúde mental.

A criação do Instituto das Adições (IA) visa recriar uma instituição com autonomia e meios para responder ao uso problemático de drogas e outras adições. É importante que a nova estrutura tenha assegurada uma "coexistência pacífica" com os centros de saúde, hospitais e cuidados de saúde mental para garantir uma abordagem abrangente e eficaz.

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UMA EM CADA 4 PESSOAS NÃO SEGUE INDICAÇÕES DE PRESCRIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS

Um quarto dos inquiridos num estudo nacional sobre o uso de antibióticos não segue as indicações de prescrição e mais de sete em cada dez não conseguem identificar o que tomaram. De acordo com este estudo, feito pelo Grupo de Investigação e Desenvolvimento em Infeção e Sépsis (GIS-ID), com o apoio do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, apesar de ter melhorado o número dos confessaram não seguir a prescrição face aos valores de 2020 (1/3), ainda assim “é um fator de preocupação”. “Há um nível de falência dos tratamentos por causa disso”, disse o presidente do GIS-ID, João Gonçalves Pereira”, que alerta para a importância de as pessoas “se responsabilizarem pela sua saúde”. O responsável lembra que, “quando se começa o tratamento, os sintomas diminuem, mas sem resolver infeção e, se a pessoa interrompe o tratamento, isso facilita a recidiva da infeção e essa recidiva pode ser mais complicada, porque pode parecer sobre a forma de abcesso, implicando tratamento com medicação, mas também tratamento cirúrgico”. Além disso – sublinha – “mais importante do que a pessoa interromper precocemente é o problema de não cumprir o horário. Isto provoca uma exposição em concentrações subterapêuticas, o que facilita (…) o aparecimento de baterias, no limite, com resistências”. O estudo – semelhante ao realizado em 2020 – mostra que aumentou o valor (80%) dos que apenas tomam antibióticos quando prescritos pelo médico (era 66% em 2020). “Parece haver maior adesão ao conselho médico, mas há uma grande desresponsabilização das pessoas pela sua própria saúde”, sublinha o presidente do GIS-ID. O estudo, que pretendeu avaliar o estado atual do conhecimento dos portugueses em relação ao consumo de antibióticos e o potencial impacto destes comportamentos no problema da resistência aos antimicrobiano, mostra que 77% não consegue identificar o antibiótico que toma e nem sempre quem diz saber os identifica corretamente. Os dados revelam ainda que aumentou o número de pessoas que referem que a duração do tratamento é a informação mais importante ao ser-lhe prescrito um antibiótico (de 37% em 2020 para 52% em 2022). Sobre a importância de entregar os medicamentos que já não usa nas farmácias, apenas metade dos inquiridos disse que o faz. São principalmente as mulheres (30% vs. 20% dos homens).

(Lusa/Health News/ in Diário Farmacêutico de 30/01/23)

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A SAÚDE NO REINO UNIDO

No NHS em Inglaterra 7 milhões de pessoas esperam por tratamento. Num mês, 38.000 pessoas esperaram mais que 12 horas para a admissão numa cama hospitalar; em mês homólogo
de 2020 só esperavam 1000 pessoas. As mortes aumentaram em média 20% nos últimos 5 anos. Os médicos de Medicina Geral e Familiar (GP’s) encurtaram 42.000 equivalentes de tempo completo. “As pessoas que estão no Poder, hoje em dia aristocratas, parecem esquecer-se das estatísticas e estão ainda menos preocupadas com as vidas que estão a ser atingidas atrás de cada número”. Pode haver progressos técnicos nos
procedimentos, mas na linha da frente do Serviço de Saúde há a sensação do colapso do sistema. Esta situação afecta sobretudo os mais vulneráveis, sobretudo os idosos. Mas estão reduzidos a números, a estatísticas. E claro que prolongam o tempo de hospitalização. A crise do Serviço Nacional de Saúde (NHS) tem que incluir “Cuidados”. “Usando uma frase de Shakespeare “a relação amor-ódio entre a medicina e a aristocracia”, o que começa mal, acaba mal.


(British Medical Journal, Kamran Abbasi, editor chefe, 2023: 380:133)

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INTERVENÇÃO DE AGUINALDO CABRAL, EM DEBATE, NO HOTEL ROMA, ORGANIZADO PELO PCP, SOBRE "A SAÚDE NA GRAVIDEZ, NO PARTO E NA INFÂNCIA - PAPEL DO SNS".

Intervenção de Aguinaldo Cabral, em Debate, no Hotel Roma, organizado pelo PCP, sobre "A Saúde na Gravidez, no Parto e na Infância - Papel do SNS", com o título "A Criança como sujeito de direitos fundamentais. A importância de políticas progressistas para o Crescimento e o Desenvolvimento das Crianças e Jovens".

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